Um político do Parlamento da Síria, Imad Ghaliun, deixou o país para se juntar à oposição ao presidente Bashar Assad, ao dizer que o povo sofre violações cada vez maiores dos direitos humanos. Ghaliun, que representa a cidade de Homs, na Síria central, disse à emissora de televisão Al-Arabiya que após dez meses de rebelião e repressão do mandatário Homs virou uma área de "desastre". Além do parlamentar, um importante chefe tribal sírio, Nawaf al-Bashir, fugiu para a Turquia e anunciou nesta segunda-feira que se juntou à oposição. Al-Bashir comanda a tribo Al-Baqqara.

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"Eu vim para a Turquia para ativar a oposição. A revolução síria é o nosso caminho. Os jovens do país estão fazendo grandes sacrifícios para que o futuro seja melhor", disse al-Bashir. O chefe tribal disse que foi forçado a aparecer na televisão estatal para elogiar as reformas de Assad e que foi interrogado pela polícia 75 vezes.

Já o parlamentar Ghaliun, escolheu o Egito para ajudar a oposição síria a atingir a "liberdade e a dignidade" para o povo em um futuro estado democrático. Ghalioun disse que a cidade de Homs está em situação de desastre após vários cercos feitos pelas forças de Bashar Assad e confrontos com desertores. "As pessoas de Homs estão sob cerco e a cidade foi atingida por um desastre" ele disse. "Não existe eletricidade, pilhas de lixo estão acumuladas nas ruas. O barulho dos disparos (de artilharia) aterroriza as crianças todas as noites".

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As Nações Unidas estimam que 400 pessoas foram mortas na Síria nas últimas três semanas. Desde março do ano passado, foram mortas mais de 5 mil pessoas na Síria, segundo estimativa das Nações Unidas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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