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Um parlamentar iraquiano ligado ao clérigo xiita antiamericano Muqtada al-Sadr foi morto nesta quinta-feira (9), quando uma bomba atingiu seu comboio em Bagdá. Além de Saleh al-Auqaeili, pelo menos um pedestre que passava pelo local também morreu. Al-Auqaeili era um importante partidário da facção xiita liderada por Muqtada al-Sadr e o assassinato do parlamentar aumentou o temor de que ocorram novos banhos de sangue entre os xiitas iraquianos antes das eleições regionais de janeiro. Os aliados do parlamentar morto culparam inicialmente o governo iraquiano e os Estados Unidos pelo crime, citando a oposição do político ao acordo de segurança que o governo iraquiano discute com os EUA. Mais tarde, no entanto, atribuíram o ataque a "gangues".

"As forças de ocupação nos enviaram uma mensagem com esse ataque, por causa da nossa oposição ao acordo", disse Ahmed al-Massoudi, porta-voz da facção de Muqtada al-Sadr. Mais tarde os sadristas disseram que o ataque foi obra de gangues e não dos EUA.

O major Mark Cheadle, porta-voz das forças americanas em Bagdá, disse que aparentemente o ataque foi feito por grupos xiitas "não alinhados". A polícia deteve 14 pessoas para interrogatório

Muqtada al-Sadr não comentou o assassinato, mas mais cedo seu grupo informou em comunicado que um protesto contra a ocupação americana, que deveria ter ocorrido em 9 de abril e foi adiado várias vezes, agora foi marcado para 18 de outubro.

A explosão ocorreu quando os carros estavam perto de um posto de controle do Exército iraquiano, na região de Cidade Sadr, principal distrito xiita na capital.

Al-Auqaeili foi levado ao hospital, mas não resistiu, segundo al-Massoudi, e outro parlamentar, Hassan al-Rubaie.

Morto aos 37 anos, Al-Auqaeili era professor e tido como um moderado do movimento sadrista. Vários partidários desse movimento já foram alvos de ataques, mas esse ocorreu em uma área considerada segura pelo Exército dos EUA.

Segundo um funcionário do Ministério do Interior, havia, além do parlamentar, outras duas vítimas fatais. O funcionário falou sob condição de anonimato.

As informações são da Associated Press.

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