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O Parlamento do Afeganistão deu ao presidente Hamid Karzai um doloroso golpe político neste sábado ao rejeitar 17 dos seus 24 ministros nomeados ao gabinete, incluindo alguns aliados próximos e o ex-comandante de guerrilha Ismail Khan.

Os ministérios da Justiça, do Comércio, de Energia, da Economia, da Saúde Pública e de Comunicação estão entre as pastas em aberto após os parlamentares aproveitarem a oportunidade de dar um tapa público no rosto de Karzai.

"Karzai foi malsucedido antes da eleição presidencial e ele é malsucedido após a eleição. Sua escolha e sua decisão não são corretas para o parlamento e não são corretas para o país", disse Ahmad Shah Ahmadzai, um ex-primeiro-ministro afegão. "O presidente deve agora renunciar, ele precisa renunciar."

A aprovação para os ministérios é uma das poucas áreas em que o parlamento do Afeganistão tem poder genuíno de exigir explicações ao Poder Executivo.

O parlamento permaneceu aberto por cerca de seis horas a mais para finalizar o trabalhoso processo de votação. Muitos ministros consideravam os procedimentos de aprovação como pouco mais de uma formalidade, mas eles entraram em um tenso drama político.

As nomeações mantinham muitos ministros estratégicos nos seus postos, ocupados desde a eleição presidencial no outono. Muitos dos seus apoiadores ocidentais estavam satisfeitos ao ver tecnocratas nestas posições, mas críticos disseram que o presidente estava reciclando nomes antigos em um momento em que o país precisa de novas ideias.

A rejeição que mais chama atenção é a de Ismail Khan, um famoso ex-líder de guerrilha anti-Soviética e comandante anti-Taliban que também era o ministro de Energia no último governo.

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