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O Parlamento da Venezuela aprovou nesta segunda-feira (30) uma nova permissão para que o presidente do país, Hugo Chávez, siga com o tratamento em Cuba contra o câncer diagnosticado em junho de 2011.

"Vai tranquilo, comandante. Aqui seguiremos com o senhor, apoiando em tudo que necessite. O presidente Chávez está aprovado e autorizado para seguir o seu tratamento médico em nome da pátria", declarou o presidente da Assembleia Nacional, o governista Diosdado Cabello, após a votação.

Apesar de aprovar a permissão para o governante permanecer na ilha por tempo indeterminado, o deputado da oposição Ismael García exigiu a nomeação de uma junta médica para informar sobre a saúde de Chávez. "Todos os dias é contada uma história diferente sobre as a saúde do presidente venezuelano", disse o deputado.

García lembrou que só foi anunciado que a doença de Chávez se trata de um câncer na zona pélvica sem o detalhamento do lugar exato nem a gravidade e falou que a Venezuela "está submetido a um permanentemente estresse" por causa da saúde de Chávez.

A sessão foi concluída entre gritos dos deputados da maioria governista contra os colegas da bancada opositora. "Peçam perdão a Chávez e ao povo", disse a deputada governista María Leão após comentar que sentia "pena" da oposição.

Em um ato público com representantes de vários poderes do Estado no Palácio de Miraflores (sede de Governo), onde assinou a nova Lei Orgânica do Trabalho, Chávez informou que voltará à Havana para completar o tratamento de radioterapia. "Devo voltar a nossa querida Cuba para continuar a reta final deste tratamento com uma grande fé a cada dia maior", disse muito emocionado.

Apesar de nos últimos dois meses ter passado mais tempo em Cuba que na Venezuela, Chávez não delegou nenhuma função de Governo e as segue exercendo a distância. Neste ano, Chávez tentará a terceira reeleição nas presidenciais, quando enfrentará o candidato de unidade da oposição, Henrique Capriles.

Segundo a Constituição venezuelana, quando a ausência do chefe de Estado do território nacional "se prolongue por um lapso superior a cinco dias consecutivos" requer a autorização da Assembleia Nacional.

O governante foi submetido em 26 de fevereiro em Cuba à terceira cirurgia em oito meses para extrair um novo tumor maligno na zona pélvica, decorrente do câncer, pelo qual foi operado pela primeira vez em junho do ano passado.

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