Reunião do Parlamento britânico não aprovou intervenção militar na Síria, como queria o primeiro-ministro David Cameron| Foto: Reuters TV

Reunião sobre Síria na ONU termina sem resultado

A reunião dos membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) iniciada na tarde desta quinta-feira, a segunda em dois dias para discutir a crise Síria terminou sem qualquer sinal de avanço sobre uma decisão. A reunião durou menos de uma hora e os embaixadores saíram sem fazer comentários.

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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, perdeu na noite desta quinta-feira uma votação simbólica, mas importante, no Parlamento, que abriria o caminho para a Grã-Bretanha participar de um ataque militar iminente à Síria. Cameron disse que após a votação, com 285 votos contra a intervenção e 272 a favor, ele não poderá passar por cima da vontade do Parlamento e aprovar tal ação. Segundo o premiê, estava claro que o Parlamento não queria ver um ataque militar contra a Síria para punir o governo de Bashar al-Assad pelo uso de armas químicas, acrescentando que ele agirá em conformidade com a vontade popular e política.

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Nos EUA

A administração de Obama preparou uma síntese sobre o que o serviço de espionagem dos EUA descobriu em relação às suspeitas de que a Síria teria usado armas químicas e, as opções militares que estão sendo consideradas em resposta.

A síntese do governo será apresentada aos parlamentares nesta quinta-feira e um relatório público das conclusões do serviço de espionagem americano também pode ser liberado hoje, informou a Casa Branca. A decisão faz parte dos esforços de ganhar apoio político e público sobre o que poderia ser a primeira intervenção militar dos EUA em dois anos e meio de conflito na Síria.

A Casa Branca informou que a síntese será apresentada em uma teleconferência às 19 horas (horário de Brasília) nesta quinta-feira, pelo conselho de segurança nacional, secretários de Estado e Defesa e outras autoridades.

As discussões sobre as ações militares vieram em resposta ao que os EUA encontrou sobre o ataque com armas químicas feito pelo regime da Síria na semana passada no subúrbio de Damasco. Grupos de oposição síria disseram que o ataque matou mais de mil pessoas, incluindo crianças.

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O presidente Barack Obama disse em uma entrevista à rede PBS na quarta-feira que o líder do governo sírio, Bashar Assad, é responsável pelo ataque e deve pagar um preço.

O vice-presidente Joe Biden, em resposta a perguntas sobre um possível ataque durante uma aparição pública nesta quinta-feira afirmou que o "presidente não tomou uma decisão ainda."

Enquanto isso, o governo está sendo pressionado pelo Congresso sobre como está lidando com a crise.

O líder da Maioria na Câmara, John Boehner (Republicano de Ohio), em carta enviada ontem, pediu explicações claras sobre qualquer tipo de ação contra a Síria antes de elas começarem e, criticou o nível de consulta do presidente aos parlamentares.

Na carta, Boehner pede que Obama informe os americanos e membros do Congresso seus objetivos, política e estratégia na Síria antes de lançar o primeiro míssil.

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Em Londres, autoridades britânicas concordaram em esperar até que os inspetores das Nações Unidas, que estão na Síria, terminarem seu trabalho antes de tomarem atitudes militares. A ONU disse que os inspetores poderiam deixar a Síria no sábado.