O Parlamento da Líbia decidiu nesta segunda-feira (8) que os próximos candidatos a primeiro-ministro serão escolhidos pelos grupos parlamentares e pelos deputados independentes. Em uma sessão na qual se discutia a fórmula para a nomeação do novo primeiro-ministro, depois que a Assembleia rejeitou no domingo pela segunda vez a equipe de governo proposta por Mustafa Abu Shagur, 142 dos 200 deputados apoiaram esta opção, segundo confirmou à Agência Efe o parlamentar Nazzar Kawan.
Além disso, os parlamentares decidiram que os candidatos devem ser personalidades nacionalistas e independentes. Entretanto, ainda é preciso estabelecer o sistema e a agenda para a eleição de um novo primeiro-ministro.
Para cobrir o vazio de poder até a nomeação de um novo Executivo, o Congresso Nacional solicitou ontem ao atual presidente do governo, Abderrahim al Keib, e a seu gabinete que continuem dirigindo os assuntos do país.
Kawan explicou à Efe que o partido islâmico moderado Al Adala wa al Bina (Justiça e Construção) propôs uma reconciliação nacional e pediu o diálogo para constituir uma coalizão parlamentar que agrupe todas as formações políticas.
Abu Shagur, designado pelo Congresso Nacional para formar um novo Executivo no dia 12 de setembro, fracassou em sua tentativa de formar uma equipe que satisfizesse os 200 deputados.
Ontem, 125 dos 200 parlamentares rejeitaram o "gabinete de crise" formado por dez ministros apresentado por Abu Shagur.
Na quarta-feira passada, Abu Shagur tinha proposto um governo provisório formado por 25 ministros, entre eles uma mulher, mas o Parlamento rejeitou a proposta por considerar que a lista "não refletia" o princípio de união nacional, pois não representava todas as regiões do país.
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