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Bagdá - A primeira sessão do Parlamento iraquiano para analisar o recém-acordado pacto de segurança com os EUA — que fixa a retirada americana do Iraque até o final de 2011 — foi suspensa ontem sob pressão do bloco contrário ao texto.

Parlamentares ligados ao clérigo xiita radical Muqtada al Sadr, principal adversário do documento, alegaram que as discussões sobre o tema não haviam sido formalmente incluídas na agenda do dia. Em meio a um intenso bate-boca, o presidente do Legislativo de Bagdá, Mahmud Mashadani, decretou o fim dos debates.

Sadr, cujo partido integra a aliança dominante no Parlamento, prometeu continuar lutando para barrar o acordo, que precisa da aprovação do Legislativo para vigorar. O clérigo xiita exige uma saída dos EUA imediata e sem cronograma.

Mas o inesperado apoio que o pacto recebeu ontem do Irã, país que tem estreitas relações com os políticos xiitas iraquianos, pode sinalizar um futuro recuo de Sadr. O principal assessor jurídico do aiatolá e Guia Supremo do Irã, Ali Khamenei, disse que o acordo "favorece a soberania do Iraque’’.

Desocupação

Horas antes de ser encaminhado ao Parlamento, o pacto foi avalizado pelo presidente iraquiano, Jalal Talabani, e pelo embaixador americano em Bagdá, Ryan Crocker.

O texto determina que os 150 mil soldados americanos devem desocupar o Iraque até o fim de 2011 — os EUA reiteraram no domingo que não excluem prorrogar esse prazo.

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