O partido do primeiro-ministro do Zimbábue, Morgan Tsvangirai, pediu hoje uma investigação sobre as causas do acidente de carro ocorrido na noite de sexta-feira (6), que matou a mulher do premiê e o deixou ferido. "Não podemos falar em conspiração... até que se prove o que realmente aconteceu", disse Tendai Biti, o número dois de Tsvangirai no Movimento pela Mudança Democrática (MDC, na sigla em inglês). Segundo Tsvangirai, que recentemente assumiu como ministro das Finanças, o acidente poderia ter sido evitado se o premiê contasse com o mesmo aparato de segurança que o presidente Robert Mugabe, que é normalmente acompanhado por batedores.
Tsvangirai deve ter alta hoje do hospital no qual está internado. Segundo o médico Douglas Gwatidzo, o premiê apresenta dores no peito e ferimentos na cabeça, mas seu estado de saúde foi estabilizado.
O acidente ocorreu em uma das perigosas estradas que dão acesso a Harare. Segundo um membro da embaixada americana, o caminhão envolvido na colisão transportava medicamentos para tratamento de AIDS, doados pelo governo americano. O carro no qual Tsvangirai e a mulher viajavam bateu na lateral do caminhão e capotou pelo menos três vezes.
Tsvangirai assumiu o cargo em 11 de fevereiro após um acordo de consenso nacional, que tentou pôr fim a um impasse político de quase um ano com Mugabe, motivado por um conturbado processo eleitoral. Mugabe está no poder desde que o Zimbábue conquistou a independência da Grã-Bretanha, em 1980.
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