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O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que a proposta de paz apresentada pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, pode evitar uma "desestabilização perigosa" no país árabe e que o Brasil apoia a oposição ao regime de Bashar al Assad.

"Somos solidários aos manifestantes sírios e pedimos o fim da violência. Conversei pelo telefone com Annan. Nossas análises coincidem: é preciso dialogar, pois a militarização do conflito levará a uma desestabilização perigosa", disse Patriota em entrevista publicada neste domingo no jornal "O Estado de São Paulo".

Patriota reiterou que o governo brasileiro condena a violência do regime de Assad contra seus próprios cidadãos mas que não aceita nenhum tipo de intervenção internacional no país árabe.

O plano de paz para a Síria proposto por Annan estabelece o fim imediato da repressão e das violações dos direitos humanos; a permissão para a entrada da ajuda humanitária no país; e o início de um processo de transição política.

"Apoiamos a proposta de Annan para, antes de mais nada, impor-se um cessar-fogo. As pessoas que estão morrendo podem até gostar de uma declaração dura aos jornais, mas essa retórica, em si, não mudará a situação delas. É preciso diplomacia, um cessar-fogo que leve a entrada de observadores internacionais" afirmou o chanceler.

"Apoiamos a criação de corredores humanitários, sem dúvida. Mas, novamente, o fundamental são os seis pontos levantados por Annan: diálogo, fim das hostilidades por parte do governo, entrada de assistência humanitária, libertação de presos, liberdade de expressão e de reunião.", acrescentou.

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