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Curitiba – Durante 2005, o mundo discutiu uma diversidade de temas como em poucos momentos da história. Houve mobilização global para envio de ajuda ao Sudeste asiático para as vítimas do tsunami, discussão acalorada sobre o aquecimento global com a entrada do Protocolo de Kyoto em vigor, valorização da religiosidade pelos fiéis que choraram a morte de João Paulo II e saudaram Bento XVI. Essas questões tiraram de foco, mesmo que por alguns dias, a rotina de guerras e os conflitos comerciais. Mesmo assim, temas importantes, de conhecimento global, ficaram em segundo plano.

Para o analista político Márcio Coimbra, Ph.D. pela Univerdade de Wisconsin (EUA), é "primordial" que o planeta mantenha aberta a discussão sobre a democratização das nações. "A ascensão de líderes moderados no Oriente Médio e demais países islâmicos pode levar, no longo prazo, à implantação de regimes mais democráticos, onde povo possa ter mais voz e a economia, sendo mais livre, pode gerar uma situação de maior bem estar", aponta. Ele acredita que essa tendência, como defendem os Estados Unidos, vai reduzir o risco de atentados terroristas.

A implantação de regimes democráticos cai em contradição quando ocorre por pressão externa e reduz as liberdades individuais. Para o advogado e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Luiz Edson Fachin, o mundo precisa rever questões éticas no próximo ano. Em sua avaliação, falta atenção não só à "ética democrática", mas ao respeito à divergência de uma forma geral.

A bioética também deveria estar mais no centro dos debates, defende o especialista em Direito Internacional Wagner Menezes. "A ciência tem evoluído rapidamente e novos desafios éticos devem pontuar a agenda internacional, considera.(JR)

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