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Obama abraça mãe de vítima de tiroteio em escola dos EUA | Michael Reynolds/EFE
Obama abraça mãe de vítima de tiroteio em escola dos EUA| Foto: Michael Reynolds/EFE

Investigação

Atirador em escola de Newtown guardava arsenal em sua casa

Reuters

O atirador que matou 20 crianças e 6 adultos numa escola primária dos EUA, em dezembro, guardava recortes de jornal sobre um massacre armado anterior, além de um cofre com armas no quarto dele, recibos de estandes de tiro e certificados da Associação Nacional do Rifle, de acordo com documentos judiciais divulgados ontem.

A matança cometida por Lanza, de 20 anos, na Escola Primária Sandy Hook, em Newtown (Connecticut), foi o segundo pior massacre escolar na história dos EUA.

De acordo com as investigações, Lanza fez 154 disparos em menos de 5 minutos, já que usou pentes de munição de alta capacidade, tirados de um arsenal doméstico que incluía espadas, facas e muitas armas de fogo, segundo autoridades.

Ao revelar o resultado das buscas, o governador de Connecticut, Dannel Malloy, disse que o criminoso usou cartuchos com 30 balas em cada, por isso conseguiu dar tantos tiros.

"Sabemos que ele deixou os cartuchos de menor capacidade em casa", disse Malloy em nota. "É exatamente por isso que precisamos proibir cartuchos de alta capacidade."

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ontem que os parlamentares americanos não esqueçam o massacre em uma escola de Newtown, que deixou 20 crianças mortas em dezembro passado. A ação reabriu o debate sobre o controle de armas no país.

No massacre, o jovem Adam Lanza, 20 anos, abriu fogo contra crianças e professores da escola Sandy Hook, onde sua mãe trabalhava, matando 26 pessoas. Ele usou três armas, incluindo um fuzil AR-15, e disparou mais de 1.400 tiros em cinco minutos, segundo a polícia.

O crime foi o estopim para o presidente Barack Obama pedir ao Congresso mais controle na venda de armas, em especial as chamadas armas de assalto, como fuzis e metralhadoras, que possuem maior poder de fogo. No entanto, enfrenta a forte oposição da indústria bélica e dos defensores do chamado direito à defesa.

Em discurso ao lado de mães que perderam seus filhos em ações violentas, Obama pediu que os legisladores tomem alguma medida em reação ao massacre e disse a eles que se lembrem das crianças mortas baleadas na escola de Newtown.

"Deveríamos ter vergonha se nos esquecemos. Eu nunca me esqueci destas crianças", afirmou o presidente no evento, que contou com a presença de pais de quatro crianças mortas no massacre de dezembro.

Oportunidade

Para Obama, está é a melhor oportunidade em mais de uma década para reduzir a violência causada pelas armas. Ele também defendeu as propostas apresentadas em janeiro para aumentar o controle das armas, que não considera radicais nem eliminam o direito dos americanos a terem armas.

Os partidários e os opositores ao controle da venda de armamento fazem uma intensa disputa há três meses para tentar aprovar ou derrubar novas medidas. Nesta semana, cerca de 900 prefeitos fazem ação nacional para exigir a reforma para reduzir a violência causada pelas armas.

Defesa das armas

Do outro lado, o presidente da Associação Nacional do Rifle, Wayne LaPierre, voltou a defender o direito dos americanos a ter armas e defender a chamada segunda emenda da Constituição, que autoriza os cidadãos do país a terem armas.

"Podem me chamar de louco ou o que quiserem, mas os quase 5 milhões de membros da NRA e os 100 milhões de donos de armas dos Estados Unidos não retrocederão, nem agora, nem nunca", disse.

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