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Pelo menos 10 soldados e 15 policiais morreram nesta terça-feira (27) na Nigéria em um suposto ataque do grupo radical islâmico Boko Haram contra uma base militar e uma delegacia, informaram testemunhas da ação citadas pela imprensa local.

O atentado ocorreu na cidade de Buni Yadi, no estado de Yobe, um dos territórios no norte do país onde o governo declarou estado de emergência para combater os fundamentalistas.

"[Os insurgentes] estavam disfarçados com uniformes militares e se aproximaram do portão com caminhonetes e carros blindados pintados com cores militares. Os soldados os confundiram com colegas e abriram o portão antes que os radicais abrissem fogo contra eles", relatou uma testemunha ao jornal Daily Trust.

A polícia do estado de Yobe confirmou o ataque sem dar mais detalhes sobre o incidente, mas vários moradores da cidade garantiram à publicação que viram os corpos de dez soldados e 15 policiais.

Outra testemunha contou que os insurgentes disseram para os moradores que não matariam nenhum civil, já que seu alvo eram os "homens de uniforme".

Após o ataque contra a base militar e a delegacia, membros do grupo radical voltaram à cidade, atearam fogo aos edifícios do governo e incendiaram vários carros na residência do chefe de distrito.

Apesar de nenhum grupo ter assumido a autoria do ataque, as suspeitas indicam que o mesmo foi obra do Boko Haram, responsável por vários atentados no norte do país.

Esse grupo armado ainda mantém mais de 200 meninas sob custódia depois que as sequestrou há mais de um mês na cidade de Chibok. Os insurgentes ameaçaram vendê-las se as autoridades não libertarem os fundamentalistas presos no país.

Boko Haram significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado" e luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.

Desde que a polícia executou em 2009 o então líder e fundador do Boko Haram, Mohammed Youssef, os radicais mantêm uma campanha violenta que já causou mais de 4 mil mortes.

Habitada por aproximadamente 170 milhões de habitantes, que fazem parte de mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais populoso da África, sofre múltiplas tensões por suas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.

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