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Pelo menos 17 pessoas morreram neste domingo (6) em um ataque com mísseis lançado por aviões não tripulados ("drones") dos Estados Unidos contra edifícios supostamente habitados por insurgentes no noroeste do Paquistão, informaram fontes oficiais.

O ataque ocorreu na área de Babargarh, na região tribal do Waziristão do Sul, situada na conturbada fronteira com o Afeganistão, segundo explicaram ao canal televisivo Dawn autoridades de segurança locais.

As fontes detalharam que a ação foi executada por quatro aeronaves não tripuladas que lançaram no total dez mísseis contra um complexo de três prédios, que ficaram reduzidos a escombros.

De acordo com a versão, os imóveis pertenciam a um líder insurgente local conhecido como Imrán, cujos milicianos são ligados ao grupo do líder talibã Hafiz Gul Bahadur.

Bahadur é considerado um homem forte na região vizinha do Waziristão do Norte, principal bastião dos fundamentalistas no Paquistão, embora segundo alguns analistas tenha um pacto de não agressão com as forças armadas paquistanesas.

No entanto, seu grupo foi o principal alvo dos ataques de "drones" americanos desde que iniciou há oito anos esse programa secreto, com um total de 90 bombardeios, segundo o site americano "The Long War Journal".

De acordo com essa fonte, os combatentes de Bahadur sofreram no ano passado 15 ataques de aviões não tripulados, o mesmo número que, por exemplo, a rede Haqqani, uma facção talibã considerada por Washington uma de seus principais ameaças.

Apesar de encontrar refúgio em solo paquistanês, os insurgentes de Bahadur e da Haqqani concentram seus esforços em atacar as tropas da Otan presentes no Afeganistão, e talvez por isso o aparelho de segurança do Paquistão evite combatê-los.

No último dia 3, um bombardeio de "drone" tirou a vida do mulá Nazir, que era líder da principal facção talibã no Waziristão do Sul e estava na mesma órbita que os dois grupos mencionados anteriormente.

As ações dos aviões não tripulados aumentaram consideravelmente após a chegada de Barack Obama à presidência dos EUA, em 2008.

Os ataques tiveram seu auge no final de 2009 e em 2010, um período de grande fluência na cooperação antiterrorista entre Washington e Islamabad, mas desde então houve uma progressiva diminuição como resultado da deterioração das relações bilaterais.

Geralmente, esses ataques têm o consentimento tácito do governo paquistanês, embora a política oficial de Islamabad seja criticá-los em público, já que as ações geram forte repúdio popular no país.

Muitos observadores defendem esta estratégia por sua capacidade de atacar de maneira certeira líderes insurgentes embora algumas organizações de direitos humanos denunciem que também deixam um alto número de civis mortos.

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