Pequeno crescimento populacional da China expõe desafios demográficos do país

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A população da China chegou a 1,412 bilhão de pessoas em 2020, mostrando leve aumento ante 1,400 bilhão no ano anterior, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, pela sigla em inglês) do país. Desde a pesquisa anterior, de 2010, o crescimento da população chinesa foi de 72 milhões de pessoas.

O número de nascimentos, porém, caiu pelo quarto ano consecutivo. Mulheres chinesas deram a luz a 12 milhões de bebês no ano passado, abaixo dos 14,65 milhões de nascimentos em 2019 – uma queda de 18% que deve fazer o Partido Comunista Chinês repensar sua política de "dois filhos", que em 2016 substituiu a brutal política do filho único. A pandemia é apontada por especialistas como um dos motivos para a queda no número de nascimentos no ano passado.

Enquanto isso, o porcentual de chineses com 60 anos ou mais deu um salto entre 2010 e 2020, de 13,3% para 18,7%. Já a fatia da população com idades entre 15 e 59 anos diminuiu de 70,1% para 63,35% no mesmo período.

"Os dados do censo também mostram algumas contradições estruturais enfrentadas pelo desenvolvimento populacional do país, como o declínio do tamanho da população em idade ativa e das mulheres em idade reprodutiva, o aprofundamento do grau de envelhecimento, o declínio da taxa de fecundidade total e a diminuição no número de nascimentos”, disse o comissário da NBS, Ning Jizhe, acrescentando que a taxa de crescimento populacional da China continuará diminuindo.

O envelhecimento da população promete trazer desafios para os objetivos econômicos da China, com mão-de-obra mais escassa e aumento das despesas com aposentadoria. Algumas soluções, como investimentos em educação e automação, o fim das políticas de controle de natalidade e apoio financeiro às famílias poderiam ajudar a mitigar o problema, citam especialistas.