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A Gazeta do Povo publica, com exclusividade no Brasil, o perfil do cardeal Pierbattista Pizzaballa preparado pelos vaticanistas Diane Montagna e Edward Pentin, autores do projeto The College of Cardinals Report. Jornalistas com décadas de experiência na cobertura do Vaticano, Montagna e Pentin escreveram perfis de todos os cardeais apontados como principais candidatos a suceder Francisco no comando da Igreja Católica, com informações biográficas e suas posições sobre temas em debate dentro da Igreja.
Para entender a personalidade do cardeal Pierbattista Pizzaballa, é necessário começar no interior de sua Lombardia natal, no norte da Itália. Moldado na infância pelo “mundo simples e autêntico” de Castel Liteggio, uma vila de Cologno al Serio, o futuro patriarca de Jerusalém nasceu como o caçula de três irmãos, filho de Pietro Pizzaballa e Maria Maddalena Tadini, em 1965.
Como ele recordaria em sua ordenação episcopal, em setembro de 2016, ele teve uma infância simples, rural e feliz. “Foram os últimos anos de uma vida simples do campo, com as fazendas já começando a se despovoar, mas ainda vivendo os últimos momentos de um mundo que já não existe mais,” disse ele. “As visitas aos estábulos, onde eu era mandado para buscar leite, a alegria de andar em carroças puxadas por cavalos para fazer feno, os jogos simples do interior, e assim por diante. Era um mundo simples e genuíno, e uma vida sóbria e feliz. Só com o tempo percebi como aquele mundo me influenciaria, dando-me um estilo e uma busca por sobriedade e sinceridade” que encontrariam realização na vida franciscana.
“Aos 9 anos, ele já sabia que queria ser padre”, lembrou sua mãe. “Ele estava realmente convencido, sentiu sua vocação muito cedo. No começo eu era contrária, não queria que ele fosse para o seminário; no fim, porém, ele foi tão insistente que tive de reconsiderar, e o matriculei no [seminário menor], em Bolonha. Devo dizer, olhando para trás, que foi uma escolha muito sábia, foi o caminho certo para meu filho.”
Pizzaballa foi especialmente atraído pela figura de um padre local muito querido, Dom Pèrsec, que vinha da vila de bicicleta. “Como o esperavam, como o amavam! E como ele amava aquelas pessoas”, disse Pizzaballa. “Saí de casa cedo, mas eu lembro bem daqueles anos, que foram fundamentais para dar um rosto à minha primeira vocação. Eu queria ser como o Padre Pèrsec.”
Aos 11 anos, Pizzaballa entrou no seminário menor Le Grazie, em Rimini, administrado pelos franciscanos, e lá descobriu as missões. No entanto, na época, seu sonho não era viajar para a Terra Santa, mas para a China. “Eu estava no seminário menor e havia vários missionários idosos que foram expulsos do país depois que Mao Tsé-tung tomou o poder em 1949,” explicou. “Esses missionários frequentemente falavam sobre suas experiências. E eu dizia quando criança: ‘Quero me tornar um missionário e ir fazer o que eles fizeram’.”
Pizzaballa aprendeu tão bem o hebraico moderno que, dentro de cinco anos após sua chegada a Jerusalém, colaborou na edição em hebraico do Missal Romano e traduziu vários textos litúrgicos
Pizzaballa completou a formação no seminário em Ferrara em 1984, e entrou na Ordem dos Frades Menores em 5 de setembro daquele ano. As primeiras etapas de sua vida religiosa o levaram a La Verna, onde completou o noviciado e, em setembro de 1985, professou os votos temporários. Depois, foi para Bolonha e professou os votos solenes em 10 de outubro de 1989, na igreja de Santo Antônio. Foi ordenado sacerdote em 15 de setembro de 1990, pelo então arcebispo de Bolonha, cardeal Giacomo Biffi. Um mês depois, o provincial enviou o padre de 25 anos para estudar no Studium Biblicum Franciscanum em Jerusalém, onde obteve uma licenciatura em Teologia Bíblica. “Fui para lá um tanto relutantemente, mas obedientemente,” confessou Pizzaballa, que esperava ir a Roma para estudos bíblicos.
Quando chegou a Jerusalém pela primeira vez, em 7 de outubro de 1990, aos 25 anos, ele falava “apenas italiano e o dialeto nativo de Bérgamo”. Refletindo sobre aqueles primeiros dias na Terra Santa, ele lembrou: “Ainda era a primeira Intifada. Cheguei na noite do dia 7, e no dia seguinte, dia 8, bem onde eu estava, no bairro muçulmano, na Esplanada das Mesquitas, houve um confronto entre militares israelenses e palestinos que resultou em 22 mortes… foi uma maneira peculiar de começar meu tempo lá”.
Descrevendo aqueles dias iniciais como um “choque cultural” e um “deserto espiritual”, ele disse: “Era difícil para mim entender por que eu estava lá. Eu não falava as línguas; não entendia toda a violência, que para mim era muito estranha; depois, estávamos na véspera da Guerra do Golfo, então havia toques de recolher em todos os lugares. Não foi simples, mas foi salutar, no sentido de que me forçou a encontrar as razões profundas e reais para minha vocação e para minha obediência”.
Reconhecendo seu amor pelo Antigo Testamento, seu novo provincial o enviou para a Universidade Hebraica de Jerusalém (1995-1999) e, em 1998, ele se tornou professor assistente de Hebraico Bíblico e Judaísmo no Studium Biblicum Franciscanum e no Studium Theologicum Jerosolymitanum.
Pizzaballa era o único cristão estudando Escrituras na Universidade Hebraica na época, mas disse que foi “muito interessante” porque foi a primeira vez que se encontrou em um “contexto não cristão”. Tendo formado amizades com seus colegas judeus, ele contou: “Eles começaram a me fazer perguntas sobre minha fé, sobre minha vocação, por que eu estava lá, e então, pouco a pouco, falávamos sobre o Evangelho, o Novo Testamento, e o líamos juntos. Foi uma experiência linda. Para mim, isso é o verdadeiro diálogo inter-religioso, porque as perguntas desses judeus, que não conheciam Jesus, não eram as minhas. Eu venho da ‘Bassa Bergamasca’, onde você é cristão antes de nascer, então sabia tudo sobre Jesus. As perguntas deles, por exemplo, sobre a Ressurreição… nunca me foram feitas daquela maneira. Foi muito bonito”.
O cardeal agora também fala e prega em inglês. Quanto ao hebraico moderno, ele o aprendeu tão bem – “fluentemente,” diz o site israelense Ynet – que, dentro de cinco anos após sua chegada, colaborou na edição em hebraico do Missal Romano e traduziu vários textos litúrgicos.
Em maio de 2004, com apenas 39 anos, Pizzaballa foi nomeado o 167.º Custódio da Terra Santa, um importante cargo de liderança que ele ocuparia por 12 anos
Em 2 de julho de 1999, após nove anos em Jerusalém, ele entrou formalmente a serviço da Custódia da Terra Santa, a província franciscana no Oriente Médio. Durante esses anos, também serviu como vigário geral do então patriarca para os católicos de língua hebraica, Michel Sabbah. A partir de 2001, serviu como superior do Mosteiro dos Santos Simeão e Ana em Jerusalém. Durante esse tempo, ele recebia diariamente peregrinos que o impressionavam com seu “desejo de aprender mais sobre a Bíblia e os Evangelhos”.
Em maio de 2004, com apenas 39 anos, Pizzaballa foi nomeado o 167.º Custódio da Terra Santa, um importante cargo de liderança que ele ocuparia por 12 anos (1). Recordando sua decisão de aceitar a nomeação, ele disse: “Pensei por muito tempo se diria ‘sim’ ou ‘não’. Obediência não é apenas aderir ao que os superiores ordenam. Se a comunidade te escolhe de forma tão clara e voluntária, honestamente, se você não tem razões sérias para dizer ‘não’, não há sentido em recusar. Você tem de aceitar no espírito de serviço”.
Fazendo um balanço de seus primeiros dois anos como Custódio, em 2006, ele disse que suas prioridades incluiriam “interação com o mundo judaico”, observando que, “tradicionalmente, a Custódia sempre esteve próxima ao mundo árabe” (2). A abordagem foi sábia e ajudou a estabelecer Pizzaballa como um mediador confiável entre os dois povos em conflito. No nível de “escolhas operacionais,” uma das suas primeiras decisões foi determinar que “os jovens religiosos em formação estudassem pelo menos uma das três línguas faladas em nosso contexto (árabe, hebraico e grego)”, ele observou, para se integrarem ao “contexto israelense”.
Ao mesmo tempo, ele notou que a nova atribuição também implicava uma interação mais frequente com outras igrejas: “A forma de contato e diálogo no Oriente é muito diferente da nossa [no Ocidente]. As autoridades religiosas têm seu próprio papel, e você precisa se manter nele. Se não o fizer, você escandaliza [os outros] e não é compreendido”.
Refletindo sobre as consequências humanas de se tornar Custódio, ele disse: “Tudo mudou. Antes, eu tinha um estilo de vida mais simples: com muito tempo para oração, trabalho, pesquisa. Agora, para começar, não tenho privacidade. Meu cargo, então, envolve muita solidão. É inevitável: se você quer se manter livre, especialmente em um ambiente tão pequeno, também precisa estar sozinho. Finalmente, você percebe – e talvez seja humano – que, quando você tem responsabilidades, os relacionamentos interpessoais que você já tinha mudam. Você frequentemente sofre, e às vezes também é forçado a decepcionar pessoas que ama ou estima. Você tem de levar isso em conta”.
Em 2008, Pizzaballa foi nomeado consultor do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, na comissão para relações com o judaísmo. Em outubro de 2010, participou do Sínodo dos Bispos sobre o Oriente Médio. E, em 2014, desempenhou um papel fundamental na organização do encontro nos Jardins do Vaticano entre o papa Francisco, o presidente israelense Shimon Peres, o líder palestino Mahmoud Abbas e o Patriarca de Constantinopla.
Pouco se sabe sobre a teologia ou posições doutrinárias do cardeal Pierbattista Pizzaballa, em parte porque ele raramente aborda questões controversas
O longo mandato de Pizzaballa como Custódio terminou em 20 de maio de 2016 (após uma nomeação inicial de seis anos, ele recebeu duas confirmações sucessivas de três anos cada), quando passou o bastão ao padre Francis Patton. Um mês depois, o papa Francisco aceitou a renúncia do patriarca jordaniano Fouad Twal, aos 76 anos. Em vez de nomear um sucessor, o papa nomeou Pizzaballa administrador apostólico sede vacante do Patriarcado, conferindo-lhe a dignidade arquiepiscopal e atribuindo-lhe a sé titular de Verbe. Pizzaballa assumiu seu cargo em 15 de julho de 2016 e foi ordenado ao episcopado em 15 de setembro daquele ano, na catedral de Bergamo.
Perguntado por que escolheu o lema Sufficit tibi gratia mea, Pizzaballa disse que a nomeação foi inesperada porque os patriarcas nos últimos 40 anos foram árabes. “Eu não estava muito preparado e sabia que dificuldades me aguardavam e, para ser honesto, não me sentia à altura”, disse ele, acrescentando que confiava na graça de Deus. Ele acrescentou, no entanto, que “a graça sempre vem com a cruz” (3).
A decisão do papa Francisco de nomear um administrador apostólico transitório teve como objetivo, pelo menos em parte, remediar um período de crises administrativas no Patriarcado. A “administração Pizzaballa” foi bem-sucedida, e em 24 de outubro de 2020 ele foi nomeado patriarca latino de Jerusalém. Ao mesmo tempo, também se tornou presidente da Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa, um papel que de jure cabe ao patriarca latino da região. Três anos depois, em 9 de julho de 2023, o papa Francisco incluiu o nome de Pizzaballa entre os novos cardeais que criaria em 30 de setembro daquele ano. Pierbattista Pizzaballa tornou-se, assim, o primeiro patriarca latino de Jerusalém elevado ao cardinalato e o primeiro cardeal a residir no Estado de Israel (4).
Em 7 de outubro de 2023, apenas uma semana depois do consistório, o conflito entre Israel e Hamas eclodiu, após um ataque de milicianos do Hamas contra Israel, partindo de Gaza. Duas semanas depois, o patriarca convocou um dia de oração e jejum pela paz, logo após ter dito que estava pronto para se oferecer como refém em troca da libertação das crianças que haviam caído nas mãos dos terroristas do Hamas. Poucos dias depois, o patriarca fez um apelo para “parar esta guerra, esta violência sem sentido”, declarando “com clareza que o que aconteceu em 7 de outubro no sul de Israel não é de forma alguma admissível e não podemos deixar de condená-lo”, enquanto afirmava “com igual clareza hoje que este novo ciclo de violência trouxe a Gaza mais de 5 mil mortes, incluindo muitas mulheres e crianças”.
O cardeal Pierbattista Pizzaballa tomou posse de sua igreja titular de Sant’Onofrio em 1.º de maio de 2024, duas semanas após o previsto, devido às hostilidades. Mais tarde naquele mês, após longos meses de negociações com as autoridades, ele conseguiu entrar pessoalmente em Gaza, celebrando a missa na paróquia católica da Sagrada Família e visitando a paróquia ortodoxa. O Patriarcado realiza uma missão humanitária conjunta com a Ordem de Malta para fornecer alimentos e assistência médica à população de Gaza.
O momento de sua elevação ao cardinalato e o conflito que explodiu logo após inevitavelmente aumentaram a atenção do mundo sobre o cardeal de Bergamo, que, desde os anos de seu mandato como Custódio da Terra Santa, opera em uma área tão significativa para a história da salvação quanto complexa e marcada por tensões perenes.
O cardeal Pierbattista Pizzaballa traz uma riqueza de experiência e conexões na Terra Santa que é crucial para a Igreja e para a paz mundial
Pouco se sabe sobre a teologia ou posições doutrinárias do cardeal Pierbattista Pizzaballa, em parte porque ele raramente aborda questões controversas. Mas, pelo que sabemos de suas palavras e ações, é possível discernir um desejo de seguir as tradições e práticas ortodoxas da Igreja, enquanto permanece aberto à modernidade. Ele acredita fortemente na centralidade de Cristo na Eucaristia, tem uma fervorosa devoção mariana e é um grande crente no caminho de santificação através da tribulação naquele grande cadinho de sofrimento que é o Oriente Médio.
O patriarca latino parece se importar profundamente com seu rebanho, como ficou vividamente evidente durante a guerra entre Hamas e Israel. Sua longa experiência na Terra Santa permite que ele consiga lidar com ambos os lados nesse conflito aparentemente insolúvel. Sem medo de se pronunciar, ele se esforçou para tratar árabes e israelenses com equanimidade, mas talvez com mais simpatia pelo povo palestino, que ele vê como “ainda esperando por seus direitos, sua dignidade ou reconhecimento”.
O cardeal patriarca está ciente dos problemas atuais na Igreja e reconhece este período da história como um de “grande desorientação e confusão”, mas não deseja voltar a uma era passada. Os cardeais não são mais vistos como príncipes da Igreja, ele disse, ecoando o sentimento de Francisco, mas sim “seus servos e os do povo de Deus”. Ele tem uma paixão pelas Sagradas Escrituras, das quais tira vida e sustento, e deseja ver seu clero receber a melhor formação para que “saibam interpretar a realidade concreta”.
O cardeal Pierbattista Pizzaballa tem várias semelhanças com o papa Francisco. Ele tem desprezo pelo clericalismo e uma preocupação com migrantes, com o diálogo inter-religioso e, até certo ponto, com o meio ambiente. Mas também tem algumas diferenças importantes, embora sutis. Como Francisco, ele quer que a Igreja esteja aberta a todos, mas acredita que “isso não significa que ela pertença a todos”. Ele enfatiza a importância da justiça social, dos direitos e deveres, mas sublinha que o “ponto de partida tem de ser a fé”. E ele acredita firmemente que as mudanças na Igreja não devem ser temidas porque não é o homem que faz a Igreja, “mas Cristo [que] a conduz”.
Pizzaballa também não está fechado às partes da Igreja que estão crescendo. Liberal no sentido clássico, ele vê a missa tridentina como um entre os muitos ritos diversos na Igreja e, portanto, a permite. Liturgicamente, ele parece inclinar-se para a tradição, sempre favorecendo a centralidade da Eucaristia. Ele recuou ao ter de fechar igrejas durante a Covid.
Possuindo a franqueza, determinação e discernimento de um agricultor lombardo combinados com uma profunda espiritualidade franciscana, o cardeal Pierbattista Pizzaballa traz uma riqueza de experiência e conexões na Terra Santa que é crucial para a Igreja e para a paz mundial. Mas ele permanece relativamente jovem; pouco se sabe sobre sua teologia e visões sobre questões-chave, e ele é cardeal há pouco tempo. Esses fatores podem impedi-lo de ser considerado um papabile sério no curto prazo, mas ele parece destinado a ser um importante candidato nos anos vindouros.
Notas
(1) A importância desta posição, que ele assumiu aos 39 anos (muito mais jovem que seus predecessores) é evidenciada pelo fato de que o território da Custódia se estende por vários países, e que o Custódio é membro de jure da assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa.
(2) Ele acrescentou: “É fato que isso é parte da história e sempre estará em nosso DNA. Além disso, parte de nossos frades é de origem árabe. Mas também é verdade que, nesses dois anos – também por causa de meu conhecimento do idioma –, o contato com os israelenses foi mais fácil”.
(3) “Sou um franciscano e um padre diocesano. Em vez disso, me mandaram para cá. Além disso, eu tinha uma sensação não de fraqueza, mas de inadequação. Então, pensei que a única coisa a fazer era acreditar. Se [o papa] decidiu, eu precisava confiar na graça. Sempre há a tentação de pensar ‘o que eu tenho de fazer?’, mas você precisa deixar acontecer. Confiar na graça de Deus, e tudo vem na sequência.”
(4) Entre seus predecessores, o patriarca Filippo Camassei também foi elevado ao Colégio Cardinalício, mas apenas em 1919, ao fim de seu período.
O que o cardeal Pierbattista Pizzaballa pensa sobre...
Ordenação de diaconisas: É contra. O cardeal Pierbattista Pizzaballa não comentou sobre a possibilidade de admitir mulheres ao diaconato. Mas ele já afirmou que a “referência clara e constante” para a posição da Igreja sobre o sacerdócio exclusivamente masculino é “fé, história e Tradição”. Neste contexto, ele também ressaltou a importância de não prejudicar as relações com os ortodoxos.
Bênção para casais do mesmo sexo: Não se sabe. Não foi possível encontrar nenhuma declaração do cardeal Pizzaballa sobre o assunto.
Tornar opcional o celibato para os padres: Não se sabe. Não foi possível encontrar nenhuma declaração do cardeal Pizzaballa sobre o assunto.
Restrições à missa tridentina: É contra. O cardeal Pierbattista Pizzaballa não se pronunciou sobre Traditionis custodes, mas pessoas próximas dizem que “ele não tem problemas com a celebração da missa tridentina” e que o assunto é “pouco relevante”, já que o cardeal está imerso na “grande diversidade de ritos dentro da Igreja Católica (latino, bizantino, maronita, sírio e armênio)”.
Acordos secretos entre China e Vaticano: Não se sabe. Não foi possível encontrar nenhuma declaração do cardeal Pizzaballa sobre o assunto.
Promover uma “Igreja sinodal”: É ambíguo. O cardeal Pierbattista Pizzaballa implementou o processo sinodal no Patriarcado Latino, convidando todos a se envolverem. À época, ele o via como meramente “consultivo”, e disse em 2023 que a natureza do Sínodo “mudou bastante” com o Sínodo sobre a Sinodalidade.
Foco nas mudanças climáticas: É ambíguo. O cardeal Pizzaballa apoiou a Laudato Si’ e parece simpático à causa da proteção da “casa comum”, mas o tema da mudança climática não é recorrente em seu ensinamento.
Reavaliar Humanae vitae: Não se sabe. Não foi possível encontrar nenhuma declaração do cardeal Pizzaballa sobre o assunto.
Comunhão para divorciados “recasados”: Não se sabe. Não foi possível encontrar nenhuma declaração do cardeal Pizzaballa sobre o assunto.
“Caminho sinodal alemão”: É contra. O cardeal Pierbattista Pizzaballa não falou publicamente sobre o “caminho sinodal alemão”, mas é contrário a alguns de seus pontos centrais.
Dados pessoais
Nome: Pierbattista Pizzaballa
Data de nascimento: 21 de abril de 1965 (60 anos)
Local de nascimento: Cologno al Serio (Itália)
Criado cardeal: 30 de setembro de 2023, pelo papa Francisco
Posição atual: Patriarca latino de Jerusalém
Lema: Sufficit tibi gratia mea(“Basta-te a minha graça”)
© 2025 The College of Cardinals Report. Publicado com permissão. Original em inglês: Cardinal Pierbattista Pizzaballa