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O governo do Peru cancelou, na sexta-feira (24), um projeto de mineração de prata de uma mineradora canadense no sul do país, depois que seis pessoas foram mortas e pelo menos 30 ficaram feridas quando a polícia disparou contra os manifestantes, a maioria indígenas, que protestavam contra o projeto.

Os problemas começaram quando a polícia afastou os manifestantes que tentavam tomar o aeroporto Inca Manco Capac, perto da cidade de Juliaca, no Estado de Puno, uma área bloqueada desde 9 de maio pelos opositores do projeto de mineração Santa Ana, que também tentavam impedir a construção de uma hidrelétrica no rio Inambari.

Após a vitória do esquerdista Ollanta Humalla para a presidência em 5 de junho, o presidente Alan Garcia anunciou que estava desistindo do projeto em Inambari. Em abril, ele cancelou um enorme projeto de mineração de cobre em outro Estado do sul, depois que três manifestantes morreram em confrontos com a polícia.

A mineração representa dois terços das exportações peruanas e tem sustentado uma década de forte crescimento econômico. Mas as populações rurais pobres não se beneficiam da exploração e reclamam que ela contamina a água e as plantações.

Há indícios de que a polícia usou armas de fogo para afastar a multidão em Juliaca, pois todos os mortos, dentre eles uma mulher, apresentaram ferimentos a bala, informou o doutor Percy Casaperalta, à agência France Presse. O médico foi responsável pelo atendimento dos 30 feridos após o confronto. Segundo ele, pelo menos 4 mil pessoas participaram da manifestação.

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