O governo peruano decretou na noite desta terça-feira (3) estado de emergência e a militarização de três províncias na região de Cajamarca (norte), após violentos protestos que deixaram três civis mortos e 20 feridos em Celendín, informou o ministro da Justiça, Juan Jiménez.
"O estado de emergência passa a vigorar nas províncias de Celendín, Hualgayoc e Cajamarca", disse o ministro que pediu calma à população depois de confrontos entre as forças de segurança e manifestantes contrários ao projeto de mineração Conga, da americana Newmont.
A medida restringe o direito de reunião, a inviolabilidade da residência e a livre circulação de pessoas, entre outras coisas, lembrou o ministro da Justiça. "É uma situação que saiu do controle daqueles que lideram os protestos (na região) de Cajamarca", disse Jimenez ao criticar a violência desencadeada pelos manifestantes.
A violência eclodiu quando os manifestantes, que ultrapassaram os 1 mil, atacaram com pedras a sede do município, a delegacia e a procuradoria de Celendín, desencadeando a resposta da polícia antimotim, que usou gás lacrimogêneo e cacetetes para dispersá-los, informaram redes de rádio.
O estado de emergência, uma medida prevista pela lei peruana, autoriza ainda as forças armadas a apoiar a polícia na vigilância e controle da ordem pública.
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