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Lima – O presidente peruano Alejandro Toledo advertiu que não permitirá que seu colega venezuelano Hugo Chávez volte a se meter nas eleições de seu país, mas disse confiar que a crise entre as duas nações não desembocará em uma ruptura de relações diplomáticas. "Não permito que insultem os candidatos, qualquer que seja ele. Se alguém ofendesse o senhor Ollanta Humala, do exterior, sairia da mesma forma em sua defesa", frisou o chefe de governo.

Toledo disse esperar que as declarações e Chávez sejam simplesmente um arroubo humano e que ambos possam se encontrar no dia 12 de maio em Viena, onde tenham a oportunidade de conversar e tomar um café. O presidente destacou que a retirada do embaixador de Caracas é uma resposta às intromissões de Chávez nas eleições peruanas e aos insultos, mas confiava que a tensão entre os dois lados não chegue a algo maior. O embaixador do Peru em Caracas, Carlos Urrutia, ao chegar a Lima, frisou que o seu governo havia defendido a dignidade e soberania ao ordenar seu regresso devido à intromissão de Chávez. "O Peru soube se colocar à altura da situação", disse na noite de domingo após destacar que o país seguiria mantendo relações com a Venezuela. O encarregado de negócios ficou em Caracas em representação do embaixador.

No entanto, enquanto o presidente Chávez arremete contra o presidente Toledo e o candidato presidencial Alan García, a quem chamou de farinha de um mesmo saco, o chanceler venezuelano assegurou que o seu país não atuaria da mesma maneira retirando o embaixador do Peru. Contudo, o ministro da Informação da Venezuela, William Lara, se somou ao ataque de Chávez contra o presidente Toledo ao classificá-lo ontem de ser uma marionete falante dos Estados Unidos por ordenar a saída do embaixador de Caracas. "Toledo se converte uma vez mais no ‘office boy’ (assistente) do presidente americano George W. Bush", apontou Lara.

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