O presidente venezuelano, Hugo Chávez, supera ligeiramente seu rival Henrique Capriles nas intenções de voto para a eleição presidencial de outubro, segundo uma nova pesquisa do respeitado instituto Consultores 21. O resultado, de 47,9% para o presidente socialista e 44,5% para seu rival de centro-esquerda, contrasta com outros levantamentos que dão ampla vantagem a Chávez, que governa a Venezuela desde 1999 e atualmente se submete a um tratamento contra um câncer. A diferença de 3,4 pontos percentuais em favor de Chávez é a menor já registrada entre os principais institutos. Nas outras pesquisas, o presidente costuma ter vantagens superiores a 15 pontos. O Consultores 21 disse que a pesquisa foi feita entre 2 e 12 de junho, e tem margem de erro de 2,4 pontos. No levantamento anterior desse instituto, em março, a vantagem de Chávez era ainda menor: 46,3 x 44,8 por cento. O ministro da Informação, Andrés Izarra, questionou os resultados apertados da Consultores 21. "É particularmente significativo e eloquente que esse instituto em particular, tão vinculado ao Primeiro Justiça (partido de Capriles), se some à série de institutos que sustentadamente estão dando como favorito o candidato da pátria (Chávez)", afirmou ele à Reuters. Já Capriles se mostra confiante e disse na terça-feira que vencerá Chávez por 10 pontos percentuais. "Nunca perdemos uma eleição", afirmou ele em uma longa entrevista coletiva. Nas últimas semanas, Chávez e Capriles reuniram multidões para eventos nos quais formalizaram suas candidaturas. A campanha começa oficialmente no domingo.
Tema A saúde de Chávez deve se tornar o principal tema da campanha. Alguns analistas dizem que a doença gerou solidariedade ao presidente, de 57 anos, mas outros consideram que Capriles, de 39 anos, pode se beneficiar transmitindo uma imagem de mais jovialidade e energia. Nas últimas semanas, Chávez voltou a fazer longos discursos pela TV, enquanto Capriles percorre o país visitando moradias e fazendo comícios. O presidente diz que deseja um novo mandato para poder continuar sua "revolução socialista", enquanto seu rival propõe adotar um modelo inspirado no Brasil, conciliando crescimento econômico com bem-estar social.
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