O presidente esquerdista Hugo Chávez deve ser reeleito no domingo por uma ampla margem, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, que mostra um forte apoio a ele nas camadas mais pobres. Chávez, no poder desde 1999, tem 57% das intenções de voto, contra 38% do governador licenciado Manuel Rosales , segundo o levantamento da empresa americana Evans/McDonough, encomendado por uma filial da estatal de petróleo PDVSA.
A reeleição do "comandante'' seria uma má notícia para Washington, que considera Chávez uma influência negativa para o continente, liderando um clube de governos antiamericanos.
Os contatos de Chávez com Irã e Síria também irritaram a Casa Branca, que no último ano teve de engolir as vitórias eleitorais dos esquerdistas/nacionalistas Evo Morales (Bolívia), Daniel Ortega (Nicarágua) e Rafael Correa (Equador).
O diretor da Evans/McDonough, Alex Evans, disse em entrevista coletiva que a classe baixa é o principal reduto eleitoral de Chávez, que destina enorme parcela dos recursos do petróleo para financiar programas sociais.
- Nas classes D e E, Chávez tem em torno de dois terços dos votos - disse Evans em referência às classes mais baixas, que respondem por 62% da população.
A maior parte das pesquisas dá a vitória a Chávez, mas Rosales afirma que suas próprias pesquisas e a afluência a seus comícios são sinais de que ele será o próximo presidente da Venezuela, onde o voto é facultativo.
De acordo com a pesquisa, 45% dos entrevistados consideram que o governo de Chávez investe corretamente as verbas em obras e programas sociais, enquanto 34% acham que "estão roubando (o dinheiro)''. Foram ouvidas 2 mil pessoas, e a margem de erro é de 2,16 pontos percentuais.
Segundo a sondagem, 89% dos entrevistados disseram que certamente irão votar no domingo. Mas tradicionalmente as eleições na Venezuela tem elevados índices de abstenção. A própria Evans/McDonough, responsável pela pesquisa, manteve sua estimativa de abstenção entre 35% e 40%.
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