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Os novos estudos sobre o Homo floresiensis podem resolver, por um lado, a questão da legitimidade da espécie. Por outro, criam novo mistério: o da paternidade do "hobbit’’ – com o potencial de bagunçar mais ainda a história evolutiva do homem.

Até agora, achava-se que o H. floresiensis fosse descendente de um ramo do Homo erectus, primeiro ancestral humano a atingir a Ásia, há mais de 1 milhão de anos.

Essa população teria migrado para a pequena ilha indonésia de Flores e ficado isolada desde 800 mil anos atrás, encolhendo gradualmente até divergir numa espécie anã. A série de novos estudos, porém, mostra que há outro antecessor possível: o Homo habilis, ancestral africano do erectus.

O pé do "hobbit’’, por exemplo, é bem mais primitivo do que o do H. erectus. Este, surgido há 1,5 milhão de anos, já era um pé humano "moderno’’, arqueado como o nosso, e não plantado no chão. "A análise do crânio aponta para semelhanças com o erectus e com o habilis, e o pós-crânio (o corpo) é muito mais primitivo que o do erectus’’, disse William Jungers. Para ele, é improvável que todas essas reversões evolutivas sejam produto da redução de tamanho. Portanto, o "hobbit’’ seria descendente do H. habilis.

O problema é que não existe registro de nenhum H. habilis fora da África até hoje.

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