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O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, informou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a empresa decidiu permanecer operando na Bolívia, apesar do decreto que nacionalizou o setor de gás e petróleo. A decisão da petroleira recebeu o apoio de Lula, segundo uma fonte do governo. "O decreto de estatização não nos obriga a interromper a produção nem parece ser este o objetivo do governo boliviano", disse Gabrielli a Lula, segundo a fonte.

Embora o governo boliviano tenha aumentado o imposto sobre a produção de hidrocarbonetos de 50% para 82%, a primeira análise do decreto de estatização, apresentada pela Petrobrás ao presidente Lula, indica que não haverá alteração nos preços do gás exportado para o Brasil.

Segundo a análise da Petrobrás, o aumento de impostos sobre a produção e comercialização de gás incide apenas sobre o mercado interno boliviano. Isso indica, ainda de acordo com a estatal, uma perda de rentabilidade da empresa naquele mercado, mas não pressionaria o preço do gás boliviano distribuído no Brasil.

Para sustentar que a paralisação das atividades da Petrobrás não seria do interesse do governo boliviano, Gabrielli disse a Lula que a estatal brasileira responde por 24% de toda a arrecadação de impostos no país e que seus negócios na Bolívia equivalem a 18% do PIB boliviano.

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