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São Paulo – Não é por simples coincidência que a maioria dos países que hoje domina a pauta dos noticiários também consta na lista dos grandes exportadores de petróleo, reunidos na Opep. "Não há petróleo em lugar calmo no mundo", repete sempre o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli. Por causa da recente alta na cotação desse produto, a Venezuela é o país que mais cresce na América Latina, mas também aquele cujos rumos políticos mais preocupam; o Irã tem os cofres cheios para investir no seu polêmico programa nuclear; e o ditador do Sudão, Omar al-Bashir, está armando milícias para combater rebeldes na região de Darfur. "No momento de cotação elevada, regimes de viés autoritário aproveitam para se consolidar", explica Michael Ross, cientista político da Universidade da Califórnia, nos EUA. Especialistas como ele se referem à instabilidade econômica e política criada pelo petróleo como "a maldição do petróleo."

Para o cientista político Paul Collier, da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, há ao menos quatro mecanismos que contribuem para que o petróleo sele a ruína de alguns países: as questões políticas, corrupção, conflitos internos e questões econômicas (veja lista).

A boa notícia é que alguns países têm encontrado soluções eficientes para contornar a ‘maldição’. O clã que governa Dubai, um dos Emirados Árabes Unidos, investiu o dinheiro obtido com os recursos minerais em infra-estrutura, como parte de um plano para tornar o país um centro de turismo, comércio, tecnologia e indústria.

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