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A polícia disparou balas de borracha contra manifestantes que ateavam fogo em pneus no distrito de Wesselton, na África do Sul nesta quarta-feira (16), o terceiro dia de manifestações que pedem mais empregos e melhores serviços. A polícia antidistúrbio foi enviada para Wesselton, cerca de 200 quilômetros a leste de Johanesburgo, para dispersar os manifestantes, que arrastavam os restos carbonizados das barricadas do dia anterior.

Empresas e lojas foram fechadas e estudantes ficaram em casa por temer a explosão da violência nas ruas após os confrontos da última terça-feira (15), quando a polícia usou balas de borracha e munição de verdade contra os manifestantes. O corpo de um homem foi encontrado ontem, mas autoridades disseram que ainda não se sabem quem o matou.

Duas pessoas morreram em manifestações em outro local, também ontem. Uma mulher disse que elas se afogaram quando tentavam escapar dos tiros disparados pela polícia no distrito de Boipelo 300 quilômetros a sudoeste de Johanesburgo. Protestos violentos em bairros pobres, pedindo melhorias nos setores de habitação e serviços, como água e eletricidade, são comuns na África do Sul, embora confrontos com mortes sejam raros.

A polícia disse que disparou balas de borracha ontem contra os manifestantes em Wesselton, que saquearam lojas pertencentes a estrangeiros, e usou munição de verdade contra muros como advertência, depois que os manifestantes abriram fogo contra as forças de segurança.

O chefe de polícia Bheki Cele deveria visitar Wesselton, depois de o ministro da Polícia ter afirmado que a violência deveria ser punida. "A polícia tem o mandato para proteger cidadãos que respeitam a lei e não devemos ser lenientes com os que se encontram do lado errado", disse o ministro da Polícia, Nathi Mthethwa, em comunicado.

Ele também advertiu os caminhoneiros - no terceiro dia de greve em Johanesburgo - sobre terem o direito de protestar, mas não de adotar "comportamento violento, bárbaro e intolerante". Quatro passageiros de táxi ficaram seriamente feridos hoje quando um caminhoneiro, fugindo de um ataque de grevistas, bateu com seu veículo no táxi. Outros caminhões foram queimados, saqueados e apedrejados. As informações são da Dow Jones.

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