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Autoridades da Pensilvânia investigam a descoberta de cerca de 400 fetos encontrados em uma garagem que já pertenceu ao diretor de uma funerária, que mantinha um contrato com um hospital local para cremá-los.

A maior parte dos fetos estava sendo mantida em uma substância usada para embalsamento, dentro de recipientes plásticos com etiquetas. As autoridades pretendem notificar os pacientes do hospital envolvidos, depois que todos os restos sejam identificados.

Os fetos foram descobertos em McKeesport, Pensilvânia, na sexta-feira, por um parente do antigo dono da garagem. O ex-proprietário tinha uma funerária, que agora está fechada. O estabelecimento possuía um contrato com o Hospital Magee-Womens, em Pittsburgh, para cremar os fetos abortados.

O diretor da casa funerária, Robert Winston Jr., está colaborando com a polícia e não é acusado de qualquer crime, segundo seu advogado, James Ecker. As autoridades não quiseram especular sobre a razão que teria levado Winston a manter os fetos em vez de cremá-los.

A maioria dos fetos tinha menos de 16 semanas, estágio em que, nos EUA, um feto é considerado uma "espécime cirúrgica" e, pela lei, o hospital não precisa informar à polícia ou a um legista sobre sua morte, disse o médico Cyril Wecht, legista do condado de Allegheny. A partir da 16ª semana, um feto é considerado um corpo e fica sujeito a autópsia para determinar a causa da morte, afirmou.

O fetos encontrados foram abortados entre 1999 a 2002, segundo ele.

- Nós podemos avaliar o trauma emocional que essas famílias sofreram e nós queremos ter condições de falar com eles de forma honesta e precisa sobre o que temos - disse Wecht. Segundo ele, o processo de identificação deve estar completo na próxima semana.

Wecht afirmou que em alguns casos os familiares podem querer enterrar os fetos.Uma porta-voz da polícia do condado de Allegheny disse que o departamento não faria nenhuma comentário até que a investigação do legista estivesse concluída.

Há três anos, mais de 300 corpos que seriam cremados foram descobertos jogados em buracos cavados e no bosque vizinho a um crematório em Noble, Geórgia. O responsável pelo crematório foi considerado culpado por roubo, fraude, abuso de cadáver e por falso testemunho. Ele foi condenado a 12 anos de prisão.

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