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O editor da Playboy Indonésia e duas modelos que tiveram suas fotos publicadas na primeira edição da revista estão sendo investigados por violar as leis de indecência, disse a polícia local nesta sexta-feira.

O lançamento da revista foi recebido com protestos na Indonésia, em abril, apesar de a edição não conter nudez. Na verdade, havia menos corpos expostos do que em muitas outras publicações do país, que tem a maior população muçulmana do mundo.

Um porta-voz da polícia de Jacarta, Ketut Untung Yoga, disse que as modelos Andara Early e Kartika Gunawan posaram de maneira indecente para a edição de estréia na capital indonésia, e que o editor-chefe, Erwin Arnada, também deve ser responsabilizado.

- Há três suspeitos. Cada um deles será processado com base em sua atuação. Muitos outros ainda podem vir a ser processados - disse o representante da polícia.

Pelas leis indonésias, declarar que uma pessoa suspeita é a etapa que antecede o registro de acusações formais.

Yoga disse que, pelas leis contra a indecência pública, os infratores podem ser condenados a até 32 meses de prisão.

A Playboy Indonésia publicou sua segunda edição no início deste mês, apesar dos ataques sofridos contra sua redação em Jacarta após o lançamento do primeiro número.

A edição de junho não contém anúncios e foi produzida em Bali, onde o Islã conservador exerce pouca influência.

Nessa segunda edição, o editor-chefe Arnada considerou que a Playboy faz bem à Indonésia.

"Nosso objetivo final é a ausência do domínio crescente de um conjunto de valores e pontos de vista em nosso país amado", escreveu.

"Acreditamos que essa também é a meta de todos nós que vivemos pela razão e queremos compreender o significado da democracia e da sociedade pluralista", acrescentou.

A modelo Gunawan, por sua vez, disse à mídia local que não se arrepende de ter posado para a Playboy, porque a revista é uma publicação legal.

A polícia de Jacarta disse que quer a suspensão da publicação da revista.

Cerca de cem mil cópias da segunda edição já foram distribuídas nas ilhas de Java e Bali. A polícia de Jacarta não tem jurisdição sobre a segunda edição, devido à transferência para Bali.

A Indonésia tem 220 milhões de habitantes, dos quais 85% são muçulmanos.

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