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LONDRES - A Scotland Yard confirmou neste sábado que a casa em que o brasileiro Jean Charles de Menezes, de 26 anos, vivia em Londres já estava sendo vigiada. Ao deixar sua casa para ir para o trabalho nesta sexta-feira, Jean foi seguido por três policiais britânicos à paisana. Eles teriam ordenado que Jean parasse quando chegaram à estação de metrô de Stockwell, no Sul da cidade.

Jean, segundo testemunhas, teria fugido, sendo dominado mais tarde e morto à queima-roupa. Uma comissão independente irá investigar e analisar o procedimento da polícia no episódio. Questiona-se o porquê de os policiais terem atirado mesmo após terem dominado o suspeito.

Antes do reconhecimento do corpo, a polícia admitiu neste sábado que o homem morto não tinha ligação com o atentado malsucedido desta quinta-feira em Londres e lamentou muito sua morte.

A embaixada brasileira em Londres ainda não divulgou detalhes do episódio. Não se sabe, por exemplo, se Jean teria entrado em pânico ou se estava ilegalmente no país. Parentes da vítima disseram que ele vivia há cinco anos em Londres e que estava em situação legal. Além disso, afirmaram que o brasileiro falava inglês fluentemente.

O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse estar 'chocado e perplexo' com a morte de Jean. O chanceler ainda não foi oficialmente comunicado da morte do brasileiro pelo governo britânico e aguarda outras informações antes de tomar providências. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está sabendo do incidente.

Amorim embarca para a Europa neste sábado, para participar da reunião do G-4, mas afirmou que poderá esticar sua estada em Londres.

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