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A polícia de Tóquio prendeu nesta sexta-feira executivos de uma empresa japonesa suspeita de exportar dispositivos que podem ser usados na fabricação de armas nucleares, uma das quais foi encontrada na Líbia.

A Mitutoyo Corp., que produz equipamentos de medição de precisão, é suspeita de exportar para a Malásia, sem permissão, dois artefatos que podem ser usados no enriquecimento de urânio, disse a agência de notícias Kyodo.

A Mitutoyo disse que seu presidente está entre os cinco executivos presos na sexta-feira.

- Acredito termos cumprido a lei no passado e ainda a respeitamos, de maneira que é lamentável que tal situação tenha ocorrido - disse um funcionário da empresa.

A polícia começou a investigar possíveis rotas de exportação a partir do Japão, depois que um dispositivo da Mitutoyo foi encontrado em instalações nucleares na Líbia pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), entre dezembro de 2003 e março de 2004.

A Mitutoyo também é suspeita de exportar equipamentos similares ao Irã, em 1997, e a polícia investigou uma empresa comercial iraniana em Tóquio que tinha ligação com o caso, disse a Kyodo, citando fontes policiais.

Os dispositivos foram encomendados pela Scomi Precision Engineering da Malásia, disse a Kyodo. A Scomi Precision era uma unidade da empresa de serviços de petróleo malaia Scomi Group Bhd, que é controlada pelo filho do premier malaio, Abdullah Ahmad Badawi. A empresa foi investigada pela polícia local e inocentada.

- A empresa decidiu que não dirá nada - disse uma porta-voz da Scomi Group à Reuters, em Kuala Lumpur.

A Mitutoyo, fundada em 1934, tem cerca de 2.300 empregados no Japão e 2 mil no exterior.

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