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Pequim – Uma campanha de repressão e punição a quem infringe a política do filho único na região autônoma de Guanxi, no sul da China, acabou virando um dos maiores protestos contra a política – criada no fim da década de 70 com o objetivo de reduzir o crescimento populacional do país. Houve enfrentamento entre policiais e moradores, resultando em pelo menos cinco mortos, dezenas de presos e feridos, e carros e prédios incendiados em várias cidades.

A notícia foi ignorada pela mídia chinesa, mas moradores que conversaram com repórteres de agências internacionais afirmaram que há dois meses as autoridades locais adotaram uma série de medidas para garantir a política do filho único, como estabelecer exames de saúde periódicos e obrigatórios para mulheres e forçar grávidas de segundos filhos a abortar.

Além disso, o governo decidiu cobrar multas que variavam de 500 yuans a 70 mil yuans (US$ 65 a US$ 9.000) de todo casal que tivesse um segundo filho desde 1980, mesmo daqueles que já haviam pago penalidades no passado. Apesar de o governo de Pequim estar aos poucos sendo mais tolerante com o nascimento de segundos filhos (especialmente por casais ricos nas grandes cidades), algumas regiões permanecem sob estrito controle e os integrantes do governo que não mantiverem os nascimentos dentro de limites pré-estabelecidos podem até perder os cargos.

A política do filho único é fortemente criticada por entidades de defesa dos direitos humanos.

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