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Líder do partido neonazista Aurora Dourada da Grécia, Nikos Michaloliakos| Foto: Angelos TZORTZINIS/AFP

Líderes do partido político neonazista da Grécia Aurora Dourada, inclusive o fundador Nikos Michaloliakos, foram condenados nesta quarta-feira (7) por comandarem uma organização criminosa. As sentenças ainda não foram anunciadas.

As investigações sobre as condutas criminosas do Aurora Dourada, que em 2012 conquistou 18 assentos no parlamento grego, iniciaram após a morte do rapper antifascista Pavlos Fyssas, assassinado a facadas em 2013. Um dos apoiadores do partido, Giorgos Roupakias, foi condenado pelo assassinato do músico, enquanto outras 15 pessoas foram consideradas culpadas por conspiração no caso. A atuação do partido também foi relacionada a outros episódios de violência contra oponentes políticos e imigrantes.

Além de Michaloliakos, 6 ex-parlamentares do partido também foram condenados por comandar uma organização criminosa. Os outros 12 foram considerados culpados por integrar uma organização criminosa. No total 65 pessoas foram condenadas no julgamento que iniciou em 2015.

Atualmente o Aurora Dourada não tem nenhum representante no Parlamento. Eles não conseguiram eleger ninguém nas eleições do ano passado, que levou ao poder o conservador Nova Democracia.

A presidente da Grécia, Katerina Sakellaropoulou, disse que o veredicto marcou um dia importante para a democracia do país e é uma prova de que as instituições gregas foram capazes de "repelir qualquer tentativa de miná-las".

Milhares de pessoas se reuniram em frente ao tribunal de apelação em Atena, exigindo a condenação dos acusados. Eles carregavam faixas que diziam "fascismo nunca mais" e "liberdade às pessoas, morte ao fascismo". Houve confronto com a polícia que fazia a segurança do tribunal. Manifestantes atearam fogo em alguns pontos do centro de Atenas.

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