O secretário de Estado americano Mike Pompeo (C) visita as Colinas de Golã anexadas a Israel, perto de Merom Golan, na fronteira com a Síria, em 19 de novembro de 2020| Foto: JALAA MAREY/AFP
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Em missão diplomática no Oriente Médio, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, esteve nesta quinta-feira (19) em um acampamento israelense na Cisjordânia, tornando-se o primeiro ocupante do cargo a visitar uma ocupação contestada por Israel na região. O americano também visitou as Colinas de Golã, reconhecidas pelos EUA como território israelense em março do ano passado, mas disputadas pela Síria.

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Pompeo visitou o vinhedo de Psagot, situado na área industrial israelense de Shaar Binyamin, entre Jerusalém e a cidade palestina de Ramallah, e disse que as exportações de assentamentos judeus na Cisjordânia aos Estados Unidos devem ser rotuladas como israelenses - "Made in Israel". Em vários países europeus, por exemplo, há a exigência legais de que os produtos fabricados nesses locais sejam identificados com a frase "assentamentos israelenses". No ano passado, Pompeo já tinha firmado que os EUA não mais reconheceriam os assentamentos judeus como ilegais.

A soberania da Cisjordânia é um dos principais pontos de atrito entre israelenses e palestinos. Parte do território foi ocupado por Israel durante a guerra de 1967 e abriga hoje cerca de 500 mil cidadãos israelenses. O domínio judeu é contestado pelos palestinos, que o consideram uma violação do direito internacional.

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"Por muito tempo, o Departamento de Estado teve uma visão errada dos assentamentos", disse Pompeo. E completou: "mas agora reconhece que os assentamentos podem ser feitos de uma forma que seja legal, apropriada e adequada".

Pompeo também fez uma parada nas Colinas de Golã. Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a soberania de Israel sobre o território que foi tomado da Síria na guerra dos Seis Dias, de 1967, e anexado pela nação judaica em 1981. Pompeo disse, nesta quinta-feira, que "o reconhecimento [das Colinas de Golã] como parte de Israel foi uma decisão tomada pelo presidente Trump que é historicamente importante e simplesmente um reconhecimento da realidade".