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Abidjã - A população da Costa do Marfim iniciou ontem uma corrida aos bancos em meio a temores de que mais instituições financeiras fe­­chem as portas como consequência da crise pós-eleitoral no país africano. Dezenas de pessoas aglo­­meravam-se em filas nas portas das agências bancárias de Abidjã, a capital marfinense, desde o início da manhã depois de quatro bancos estrangeiros terem anunciado a suspensão de suas atividades na Costa do Marfim.

"Quero ter meu dinheiro na mão. Ninguém sabe o que vai acontecer", disse um soldado a um repórter da AFP enquanto aguardava na fila de uma agência do marroquino Société Ivoirien­­ne de Banque no bairro de Pla­­teau, em Abidjã.

Cinco bancos estrangeiros já fecharam suas agências na Costa do Marfim em meio a uma crise causada pelas sanções adotadas pelo BCEAO, banco central do oeste africano, contra o governo de Laurent Gbagbo. O SGBCI, subsidiário do Société Générale e um dos maiores bancos marfinenses, fechou as portas hoje, seguindo os passos do britânico Standard Chartered, do norte-americano Citibank, do nigeriano Access Bank e do Bicici, filiado ao francês BNP Paribas.

Também ontem, quatro bancos locais menores anunciaram a suspensão de suas atividades sob a alegação de "dificuldades técnicas".

O BCEAO, sediado em Dacar, congelou os recursos do governo da Costa do Marfim depois de a comunidade internacional ter reconhecido a vitória de Alassane Ouattara, opositor de Gbagbo, nas eleições presidenciais de no­­vembro de 2010.

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