Manifestação pela libertação de reféns na última terça-feira (12), em Jerusalém.| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN
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A população de Israel deu início, nesta sexta-feira (15), a manifestações na capital Tel Aviv depois que três reféns serem mortos por engano pelo exército israelense. Os manifestantes pedem um acordo com o Hamas que possa liberar todos sob custódia do grupo terrorista na Faixa de Gaza. Os manifestantes pedem pela liberação dos 128 presos que ainda estão no enclave.

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Yotam Haim, Samer Talalka e Alon Shamriz, os três reféns mortos por engano, estavam aprisionados pelo Hamas desde o início da guerra, no dia 7 de outubro. Os moradores e familiares de reféns foram às ruas pedindo pela liberação daqueles que ainda estão aprisionados pelos terroristas do Hamas.

Com cartazes, fotos de seus familiares e pedidos por um "acordo", os manifestantes se reuniram em frente à base militar de Tel Aviv e fizeram uma espécie de passeata pelas ruas da capital israelense. “Não culpamos os soldados das FDI porque eles trabalham em uma realidade maluca lá [em Gaza], mas queremos gritar o mais alto que pudermos para que esta situação pare e vocês encontrem uma maneira de devolver os sequestrados que ainda estão vivos”, disse Aviv Baron, parente de reféns mantidos em Gaza, a um repórter do jornal israelense Haaretz.

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As Forças de Defesa Israelenses (FDI) lamentaram e informaram a morte dos reféns por engano através de um comunicado. "Durante os combates em Shejaiya [distrito em Gaza], as FDI identificaram erroneamente os reféns como uma ameaça. Como resultado, os soldados dispararam contra eles e eles foram mortos", diz o comunicado.

"Este é um acontecimento triste e doloroso para todos nós, e as FDI são responsáveis ​​por tudo o que aconteceu. Começamos a investigar o incidente imediatamente. Este é um erro trágico, que ocorreu numa zona de combate onde os soldados encontraram muitos terroristas e travaram duras batalhas nos últimos dias, incluindo hoje", lamentou o exército israelense.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também pediu desculpas às famílias e disse que aprendeu "lições necessárias" com o erro cometido. Apesar dos protestos, Netanyahu afirmou que incursões não serão interrompidas.