Porta-aviões USS George Washington (à esq.) chegou ontem às Filipinas. Com capacidade para mais de 80 aeronaves e 5 mil tripulantes, embarcação vai fornecer água e suprimentos médicos| Foto: Marinha dos EUA/Efe

Cruz Vermelha

A Cruz Vermelha Brasileira, no Rio de Janeiro, lançou uma campanha de doação para as vítimas do tufão Haiyan. Uma conta foi criada na Caixa Econômica Federal: agência 2912, conta corrente 2000-0. Outras informações podem ser encontradas na internet: www.cruzvermelharj.org. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) também tem uma conta para doações: Bradesco, agência 3416, conta corrente 142.700-8.

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Desabrigados

A ajuda tem demorado para chegar aos 545 mil desabrigados pelo tufão, que atingiu várias ilhas do leste das Filipinas na última sexta-feira. A maior parte dos danos ocorreu na província de Leyte, sua capital Tacloban, e na ilha de Samar.

Socorro

Prioridade das agências humanitárias nos próximos dias é transportar e distribuir biscoitos de alto valor energético e outros alimentos, lonas, barracas, água potável e serviços de saneamento básico na região de Tacloban.

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4.460 pessoas tiveram suas mortes confirmadas por agência da Organização das Nações Unidas, mas a expectativa é de que o número aumente com dados de outras áreas.

70% de Tacloban, que tem 220 mil habitantes, precisa de assistência emergencial e apenas 70 dos 2.700 funcionários públicos municipais apareceram para trabalhar. As informações foram fornecidas pela administração municipal.

Navio-hospital USNS Mercy na costa das Filipinas em 2012
Helicóptero MH-60S faz entrega na base aérea de Tacloban

O porta-aviões norte-americano USS George Washington chegou ontem ao Mar das Filipinas, perto do Golfo de Leyte, e vai se posicionar na costa da ilha de Samar para avaliar os danos e fornecer água e suprimentos médicos. Ele carrega mais de 80 aeronaves e 5 mil fuzileiros que deverão trabalhar na região.

O porta-aviões carrega 21 helicópteros Blackhawk para a região, o que pode auxiliar na chegada de ajuda a áreas mais difíceis de alcançar.

Dezenas de corpos foram enterrados ontem em valas comuns em Tacloban, mas ainda há milhares espalhados pela cidade, enquanto a ajuda humanitária começou a chegar a uma parcela do meio milhão de pessoas desalojadas pela passagem do tufão Haiyan, na última sexta-feira. Uma vala com capacidade para mil cadáveres será escavada hoje na cidade.

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Outras dezenas de corpos foram alinhados em sacos do lado de fora da prefeitura da cidade, aguardando para serem levados para locais onde serão enterrados. Seis dias após Haiyan ter passado pela região central das Filipinas, muitos dos mortos ainda estão ao longo de vias, enquanto sobreviventes procuram por corpos em meio aos escombros.

Soldados filipinos em caminhões distribuíram arroz e água, enquanto grupos empunhando motosserras cortavam escombros que bloqueavam estradas. Outros milhares de pessoas se dirigiram para o aeroporto danificado da cidade, desesperadas para deixar Tacloban ou em busca de tratamento no centro médico improvisado que foi montado no local.

Agência da Organização das Nações Unidas disse que 4.460 mortes foram confirmadas, mas a expectativa é que o número aumente, talvez significativamente, quando informações de outras áreas estiverem disponíveis.

No primeiro enterro coletivo na cidade, algo em torno de cem corpos sem identificação, colocados em sacos pretos, foram depositados em valas comuns. Autoridades disseram que há esforços para identificar os corpos para que as famílias tenham a oportunidade de descobrir o que aconteceu com seus entes queridos nos próximos dias e semanas. Não estava claro se as medidas incluem testes de DNA.

Frota

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Além do USS George Wa­­shington, outros seis navios americanos, incluindo um destroier e dois de suprimentos, já estão na região, além de dois aviões P-3 e seu grupo de ataque, que está sendo usado para avaliar os danos pelo ar, assim a ajuda poderá ir aonde é mais necessária.

EUA podem enviar navio com hospital

As Forças Armadas dos Es­­tados Unidos determinaram a ativação de um navio-hospital da Marinha para envio e possível chegada em dezembro às Filipinas. O USNS Mercy se desloca lentamente e pode levar até três semanas para chegar às Filipinas, partindo de San Diego, com parada no Havaí para recolher material e pessoal adicionais, disse um porta-voz militar dos Estados Unidos.

O Mercy tem capacidade de atender centenas de pacientes e aumentaria a possibilidade de ajuda para tratar das vítimas do tufão Haiyan durante um período de recuperação que deve ser longo.

"Se for dada a ordem para o envio, o Mercy pode estar a caminho nos próximos dias e poderia chegar às Filipinas em algum momento de dezembro", disse em comunicado a Frota Pacífico da Marinha.

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Chuvas e falta de combustível são empecilhos

A ajuda humanitária para as vítimas do Haiyan chega do governo filipino e de outros países.

A maior parte desse material está parado em Manila e no aeroporto de Cebu, por causa dos danos no aeroporto de Tacloban e inclui alimentos, água e suprimentos médicos.

Em razão da escassez de combustível na cidade, poucos caminhões conseguem transportar a ajuda do aeroporto para a cidade. O clima ainda é um desafio, já que há chuvas frequentes. A boa notícia é que os escombros que estavam na estrada que leva ao aeroporto foram retirados.

Na quarta-feira, o Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas distribuiu arroz e outros itens para cerca de 50 mil pessoas na região de Tacloban. Cerca de 10 toneladas de biscoitos altamente energéticos também foram entregues na cidade na quarta-feira e outras 25 toneladas estão a caminho.

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O secretário de Energia das Filipinas, Jericho Petilla, disse que pode levar seis semanas até que as primeiras cidades atingidas pelo tufão tenham o abastecimento de eletricidade retomado.