Lisboa - O presidente de Portugal, Aní­­bal Cavaco Silva, anunciou on­­tem que as eleições parlamentares no país acontecerão em 5 de junho, reduzindo a incerteza política que passou a rondar o país depois de um plano de austeridade fiscal do governo do primeiro-ministro português, José Sócrates, ter sido rejeitado por cinco partidos da oposição.

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"Após conversar com todos os partidos, ficou claro que apenas por meio das eleições conseguiremos criar novas condições para o país ser governado", disse Cavaco Silva, acrescentando que Portugal enfrenta uma profunda crise política, financeira e social e precisará de um governo majoritário no parlamento. Segundo Cavaco Silva, o governo provisório tem o poder para "fazer o que for necessário para manter a estabilidade financeira no país".

Disputa

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Sócrates, que enviou um pedido de renúncia ao cargo de primeiro-ministro após a rejeição do plano de austeridade no parlamento, continuará sendo o primeiro-ministro de Portugal até que haja um sucessor. Ele vai concorrer na eleição de junho e terá como principal rival Pedro Passos Coelho, líder do maior partido da oposição portuguesa, o Partido Social Democrata.

As pesquisas mais recentes mostram que Passos Coelho deve vencer o pleito, mas precisará formar alianças políticas para governar. Ele afirmou recentemente que pretende cortar ainda mais os gastos públicos e acelerar o processo de privatizações.

Depois do anúncio de Cavaco Silva, o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos, disse que não há risco de o país entrar em default, embora as condições de financiamento para Portugal tenham piorado nos últimos dias.

Em entrevista a uma emissora de televisão local, Teixeira dos Santos reconheceu que a situação de Portugal piorou desde que o Parlamento do país rejeitou o pacote de medidas de austeridade proposto pelo governo do primeiro-ministro José Sócrates. "Esse governo já não tem credibilidade para negociar um pacote", argumentou o ministro.

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