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Com informação privilegiada, Barack Obama se saiu bem nas discussões sobre economia; Romney soube usar as questões ligadas à saúde para fazer pressão sobre o presidente | Fotos: The New York Times
Com informação privilegiada, Barack Obama se saiu bem nas discussões sobre economia; Romney soube usar as questões ligadas à saúde para fazer pressão sobre o presidente| Foto: Fotos: The New York Times

8% é a média nacional da taxa de desemprego nos Estados Unidos, considerada elevada para a maior economia mundial.

"A crise econômica na Europa dificulta uma retomada mais confortável do nível de crescimento e geração de empregos no mercado norte-americano, porém a trajetória de queda dos indicadores apresenta um cenário favorável."

Hermes Moreira Junior, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal da Grande Dourados.

17 milhões de imigrantes, número que representa somente os hispânicos dos EUA, têm 18 anos ou mais e podem votar.

"A preocupação do Romney foi o de criar uma legislação mais criteriosa para os imigrantes, enquanto Obama defende menos rigor. Lembrando que os imigrantes concorrem com as vagas ocupadas por cidadãos americanos."

Carlos Magno Andrioli Bittencourt, economista e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

  • Assuntos que dominam a campanha indicam os interesses do eleitorado americano

"Desemprego", "desemprego" e "desemprego". Barack Obama e Mitt Romney até falam de outros temas, mas o tópico que tem dominado a campanha eleitoral nos Estados Unidos é a taxa de desemprego e tudo o que tem a ver com ela. Dá para deduzir que esse é o assunto mais importante para os eleitores do país. "O papel do Estado na economia e as culpas pela crise financeira influem na geração de empregos, mas, para o eleitor, a questão central é o emprego, que o afeta diretamente", diz João Fábio Bertonha, professor de História da Universidade Estadual de Maringá. Política externa também consumiram o tempo dos candidatos. Nessas searas, "o candidato democrata [Obama] demonstra mais tranquilidade para debater com seu opositor [o republicano Romney]", diz Hermes Moreira Junior, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal da Grande Dourados. Ambos os candidatos se preocupam com China e Irã. "Enquanto Romney defende uma política mais agressiva (...), Obama indica a manutenção das negociações e do diálogo", diz Moreira Junior. Para o economista Carlos Magno Andrioli Bittencourt, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Obama dominou a discussão econômica por estar no poder e ter "informações privilegiadas". E Romney se saiu melhor nos embates sobre a saúde.

AmericanasDepois de um primeiro debate ruim, Obama conseguiu se recuperar no encontro seguinte, além de demonstrar bom humor ao lidar com críticas.

OpostosFalando sobre o desempenho de Barack Obama e de Mitt Romney, João Fábio Bertonha, professor de História da Universidade Estadual de Maringá, diz: "Os dois têm posições radicalmente diferentes sobre quase tudo". E se aproximam quando falam do Oriente Médio.

O melhorNo primeiro debate, Bertonha diz que a atitude passiva de Obama foi "inexplicável" e emenda: "[O presidente] escutou um monte de mentira e de bobagem e nem reagiu, se saindo pior". No segundo, com domínio dos temas, "ele colocou Romney contra a parede".

PavorosasAs propostas do Partido Republicano, representado por Romney e Paul Ryan, na opinião de Bertonha, são "pavorosamente ruins". O professor cita política externa como exemplo. "A experiência do Romney nisso é muito pequena e ele só cometeu gafes", diz.

HumorNa campanha eleitoral, Barack Obama demonstra ter mais senso de humor do que Romney. O presidente foi, por exemplo, alvo de críticas do ator Clint Eastwood, um republicano notório. Clint usou uma cadeira vazia para criticar Obama, que reagiu com leveza.

QuêniaOutro exemplo do senso de humor de Obama surgiu na última quinta-feira, quando o empresário Donald Trump se dispôs a doar US$ 5 milhões à caridade caso o presidente mostrasse os documentos que provam sua nacionalidade norte-americana até o dia 31 deste mês.

RespostaEm resposta a Trump, Obama brincou: "Isso tudo começou quando estávamos crescendo no Quênia. Tínhamos constantes disputas no futebol, ele não era muito bom e ficava ressentido. Quando finalmente nos mudamos para os EUA, achei isto teria acabado".

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