A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) enviará nesta quinta-feira a todos os países-membros e ao Conselho de Segurança da ONU o último relatório técnico sobre o programa nuclear iraniano, informaram em Viena fontes diplomáticas próximas ao órgão.

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Ninguém espera grandes surpresas, disse outra fonte, lembrando que as recentes declarações dos dirigentes iranianos demonstram que Teerã não deve aumentar sua cooperação.

Diplomatas em Viena confirmaram na quarta-feira uma notícia publicada pelo jornal "The Washington Post", de que o Irã voltou a enriquecer urânio. O processo usado é a centrifugação de urânio gaseificado (UF6). As quantidades de urânio enriquecido seriam muito limitadas, e com um grau de pureza muito baixo, inferior a 5%, disseram as fontes.

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O Irã tem promovido experiências que considera científicas com uma cadeia de 164 centrífugas. Para o enriquecimento em escala industrial seriam necessárias dezenas de milhares de centrífugas.

Dependendo do grau atingido, o urânio pode ser utilizado para a produção de combustível nuclear (menos de 20% de enriquecimento) ou para fabricar armas nucleares (acima de 80%).

As atividades atuais demonstram, segundo diversas fontes, que o Irã não pensa em obedecer à resolução adotada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas no dia 31 de julho, que exige a suspensão completa do programa de enriquecimento, sob a ameaça de sanções. O órgão deu um prazo até esta quinta-feira para o governo do Irã cumprir o requerimento.

O relatório do diretor-geral da AIEA, Mohamed ElBaradei, acrescentaram, não dará ao Conselho de Segurança outra opção a não ser iniciar as deliberações sobre possíveis sanções contra o regime iraniano, como defendem os Estados Unidos.

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