A prefeita Brigitte Garcia, de 27 anos, era considerada a mais nova administradora municipal do país| Foto: Reprodução/Twitter/@MELABRIGITTE
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Autoridades equatorianas anunciaram neste domingo (24) o assassinato da prefeita Brigitte García, de 27 anos, que administrava a cidade costeira de San Vicente, na província de Manabí, um dos redutos do narcotráfico no país. O diretor de comunicação da prefeitura também foi uma vítima fatal do crime.

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"Nesta manhã, no setor San Vicente, Manabí, foram identificadas duas pessoas dentro de um veículo sem sinais vitais, com ferimentos por impacto de arma de fogo, que correspondem a Jairo L. e Brigitte G. (prefeita de San Vicente)”, relatou a polícia por meio de sua conta na rede X.

O crime ocorreu em meio ao estado de emergência que vigora no Equador desde janeiro, quando a violência provocada por criminosos tomou conta do país, com dezenas de mortos, explosões nas ruas, sequestros de agentes penitenciários e invasão armada a um canal de televisão local.

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O governo se manifestou sobre o caso, declarando que iria reforçar ainda mais a segurança nacional após o assassinato de García.

Além do crime violento cometido contra a gestora municipal e seu assessor, outros episódios foram registrados durante o fim de semana, incluindo uma emboscada de uma patrulha do exército na província de Sucumbíos, que faz fronteira com a Colômbia. Um soldado foi morto e outros três ficaram feridos no incidente.

Policiais em operação em Guayaquil, no Equador, país que enfrenta uma crise interna provocada pelo narcotráfico| Foto: EFE/Mauricio Torres

Antes considerado um país tranquilo da América do Sul, o Equador viu o cenário mudar nos últimos anos, desde que o narcotráfico local cresceu ao se associar aos cartéis mexicanos e colombianos. A taxa de homicídio disparou, desde então. Entre 2018 e 2023, o índice de violência no país passou de 6 para um recorde de 46 assassinatos por 100 mil habitantes.

Os representantes políticos se tornaram alvos dos criminosos, que buscam tomar as rédeas do país, como ocorre em algumas regiões do México, controladas por traficantes.

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A espiral de violência foi desencadeada logo após o anúncio presidencial, de Daniel Noboa, do lançamento do "Plano Fênix", cujo objetivo é recuperar o controle das prisões equatorianas, muitas delas dominadas por grupos de criminosos.

Nos últimos três meses, as forças de segurança realizaram cerca de 165 mil operações, efetuaram mais de 12 mil detenções, mataram 15 terroristas e apreenderam cerca de 65 toneladas de drogas, segundo dados oficiais.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]