O clérigo muçulmano Abu Qatada foi libertado de uma prisão jordaniana nesta quarta-feira (24) depois de ter sido inocentado das acusações de conspiração em um complô para atacar turistas.

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É a sua segunda absolvição deste ano, depois de um longo processo de extradição do Reino Unido.

O Tribunal de Segurança do Estado na capital, Amã, determinou que não havia provas suficientes para as acusações contra o pregador radical.

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Ele era acusado de oferecer apoio espiritual e material para um ataque planejado durante as celebrações de ano-novo na Jordânia em 2000.

"Abu Qatada foi libertado da prisão e está agora a caminho de casa", disse uma fonte judicial.

Sorridente e vestido com uniforme de prisão, o clérigo já havia acenado para a família na sala do tribunal depois que o veredicto foi anunciado, disse uma testemunha.

Vários membros de sua família esperavam Qatada na saída da prisão, situada 45 km a sudeste da capital, Amã.

Extradição

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Abu Qatada foi extraditado do Reino Unido no ano passado depois de um longo processo legal, e absolvido em junho, em um caso separado, da acusação de complô terrorista contra a escola americana de Amã por falta de provas.

Nascido em 1960 em Belém, Abu Qatada foi condenado à morte à revelia em 1999 por "complô para cometer ações terroristas", sobretudo contra a escola americana de Amã.A pena foi comutada em prisão perpétua acompanhada de trabalhos forçados.

Qatada se declarou inocente dos crimes pelos quais era acusado durante todas as audiências na Jordânia desde que foi extraditado para um novo julgamento.

Em Londres, um porta-voz do Ministério do Interior disse ser um alívio que o clérigo não esteja mais no Reino Unido e não representa mais uma ameaça à segurança do país, pois nunca poderá voltar.

"Os tribunais britânicos concordaram que Abu Qatada representava uma ameaça para a segurança nacional. Ele continua sendo alvo de uma ordem de deportação e uma proibição de viajar, por parte das Nações Unidas. Ele não vai voltar para o Reino Unido", afirmou a porta-voz.

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Na sessão de quarta-feira, a promotoria argumentou que o clérigo foi um mentor de células de militantes na Jordânia, enquanto estava no Reino Unido, fornecendo-lhes apoio espiritual e material durante o final da década de 1990.