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Ehud Olmert visita uma escola na cidade de Sderot, em Israel: mortes de crianças palestinas comoveu o premier | Yedioth Ahronoth / Reuters
Ehud Olmert visita uma escola na cidade de Sderot, em Israel: mortes de crianças palestinas comoveu o premier| Foto: Yedioth Ahronoth / Reuters

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse nesta sexta-feira (23) que chorou ao ouvir o pedido de ajuda de um pai palestino, feito ao vivo na televisão depois que seus filhas foram mortos na ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

"Eu chorei quando vi aquilo. Quem não chorou? Como não chorar?", disse Olmert ao jornal israelense "Maariv", em uma entrevista na qual defendeu o legado que deixará quando deixar o cargo, após as eleições de 10 de fevereiro.

A TV israelense mostrou, na semana passada, o apelo de um médico palestino após a morte de três de suas filhas, que foi levado ao ar repetidas vezes desde então.

Olmert disse que, ao aprovar a ofensiva em Gaza, enclave governado pelo movimento Hamas, seu governo não tinha ilusões quanto ao fato de que civis palestinos não seriam mortos, já que há áreas densamente povoadas ali.

"Quando você vence, você automaticamente fere mais pessoas do que se fere. E nós não queríamos perder. O que você queria, que centenas de nossos soldados morressem? A alternativa era essa", disse Olmert ao jornal.

Dez soldados e três civis israelenses foram mortos na ofensiva.

O Centro Palestino pelos Direitos Humanos, órgão independente, disse que seus pesquisadores registraram a morte de 1.284 pessoas na guerra, dentre as quais 894 pareciam ser civis. Destes, 280 tinham menos de 18 anos. Foram mortos também 167 membros da força policial do Hamas.

Israel estima ter matado cerca de 500 guerrilheiros na ofensiva, a qual tinha o objetivo de conter o lançamento de foguetes de Gaza contra o sul do Estado de Israel.

Olmert exerce o cargo de forma interina desde que renunciou, em setembro, devido a um escândalo de corrupção. Ele vai deixar o cargo semanas depois que um governo for formado, após as eleições.

O premiê admitiu ter cometido erros, mas defendeu os resultados de três anos em que permaneceu no poder, como a guerra contra o Hezbollah, no Líbano, em 2006, mas negou estar se preparando para um possível retorno ao poder.

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