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Ehud Olmert

Premiê de Israel sofre pressão de seu partido para renunciar

Decisão de Olmert de permanecer no cargo pode abrir caminho para uma disputa com Livni. Ministra fracassou na tentativa de formação de uma nova coalizão

Olmert esteve envolvido em um caso de corrupção. Livni pediu a renúncia do prêmie depois de críticas na condução da guerra de 2006 contra as guerrilhas libanesas do Hezbollah | Baz Ratner / Reuters
Olmert esteve envolvido em um caso de corrupção. Livni pediu a renúncia do prêmie depois de críticas na condução da guerra de 2006 contra as guerrilhas libanesas do Hezbollah (Foto: Baz Ratner / Reuters)

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, foi pressionado por seu próprio partido nesta quinta-feira (27) para renunciar, depois que o procurador-geral anunciou que cogita acusá-lo formalmente por fraude e suborno.

"O primeiro-ministro deve sair. Não há outra opção", disse a ministra das Relações Exteriores e líder do partido Kadima Tzipi Livni a membros do partido em um encontro de emergência perto de Tel Aviv.

Os assessores de Olmert disseram que o primeiro-ministro, que renunciou em setembro mas continua no cargo como interino até que um novo governo seja formado nas eleições do dia 10 de fevereiro, não pretende deixar o cargo antes da hora.

Nesta quinta-feira (27), Olmert se reuniu com parlamentares para discutir planos de combate à crise na economia de Israel, incluindo uma proposta para disponibilizar uma "rede de segurança" para fundos de pensão desvalorizados.

A decisão de Olmert de continuar no cargo pode abrir caminho para uma disputa com Livni, que está no meio de uma difícil campanha eleitoral para sucedê-lo como primeira-ministra após fracassar na tentativa de formação de uma nova coalizão no mês passado.

Se Olmert renunciasse através de uma "licença", Livni então assumiria o cargo como premiê interina, o que garantiria a ela uma eventual vantagem para as eleições.

A primeira desavença de Livni com Olmert aconteceu há mais de um ano, quando a ministra das Relações Exteriores pediu sua renúncia depois que uma comissão criticou sua condução da guerra de 2006 contra as guerrilhas libanesas do Hezbollah.

Na época, Olmert também se recusou a sair, e Livni continuou no governo em uma parceria desconfortável. Como vice de Olmert, ela senta ao seu lado nas reuniões de gabinete.

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