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O impopular primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, deve convocar eleições antecipadas em novembro, disseram políticos do governo e da oposição nesta quinta-feira (23). Todas as pesquisas apontam para uma derrota acachapante do partido governista.

Noda, no cargo desde setembro, é o sexto premiê do Japão em cinco anos. Dias atrás, ele prometeu convocar eleições "em breve", em troca do apoio da oposição a um projeto que duplica a alíquota do imposto sobre consumo, para conter a dívida pública.

Os membros do Partido Democrático do Japão (PDJ) preferem adiar a eleição, mas a oposição, que controla o Senado, pode forçar sua convocação, bloqueando um projeto que permite a emissão de novos títulos da dívida pública.

"Espero que a câmara baixa seja dissolvida em outubro, e que eleições sejam convocadas para novembro", disse Keiichi Ishii, dirigente do partido de oposição Novo Komeito, em entrevista à Reuters.

Segundo ele, o Parlamento pode realizar uma sessão extraordinária antes da dissolução da Câmara dos Deputados para aprovar a emissão dos títulos e um orçamento suplementar.

O parlamentar Sumio Mabuchi, do PDJ, confirmou a possibilidade de convocação do pleito para novembro. "É claro que ninguém (no PDJ) deseja uma eleição agora, mas a maré já está se formando, pois o primeiro-ministro prometeu convocar eleições em breve para aprovar a lei do imposto sobre vendas em 10 de agosto. É natural pensar que as eleições estejam se aproximando."

O ministro das Finanças, Jun Azumi, disse que, sem a aprovação do novo orçamento, o governo deve ficar sem dinheiro até o final de outubro.

O mandato dos atuais deputados vai até agosto de 2013.

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