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O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, pediu hoje que os moradores e as tribos da cidade de Falluja, no oeste do país, expulsem os terroristas que a controlam. A região passa desde a semana passada pelo aumento da presença de militantes ligados à Al Qaeda.

No último sábado, Falluja foi dominada pelos extremistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, entidade sunita vinculada à Al Qaeda. É a primeira vez que a rede terrorista domina uma área urbana iraquiana desde os confrontos que se sucederam à invasão dos Estados Unidos, em 2003.

Em pronunciamento na rede de televisão Al Iraquiya, o chefe de governo xiita pediu a expulsão dos radicais islâmicos para que a região "não fique exposta ao perigo dos confrontos armados". Ele também ordenou ao Exército que não bombardeie as regiões residenciais da cidade.

O pedido de cessar-fogo das forças de segurança acontece após um dos líderes tribais da região, o xeque Abderrazaq al-Aisuai, pedir o fim dos bombardeios em três bairros para que a violência diminua. Devido às ações militares, milhares de pessoas deixaram a região em direção a Bagdá.

A província de Al Anbar, onde fica Falluja, sofre com o aumento da violência entre milícias tribais e militantes da Al Qaeda desde que o governo decidiu na semana passada retirar suas forças da região. No domingo (5), o Exército anunciou uma grande ofensiva para recuperar a cidade.

Além de Falluja, os militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante tomaram o controle de bairros de Ramadi, capital da província e centro das manifestações sunitas contra o governo que provocaram a retirada das tropas de Bagdá.

A organização vinculada à Al Qaeda é a mesma envolvida em diversos atentados no país e também na Síria, onde luta contra o regime do ditador Bashar al-Assad e rebeldes moderados para controlar áreas relevantes.

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