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O primeiro-ministro da Tailândia avisou manifestantes antigoverno neste domingo (2) que haverá o risco de "perdas" se eles não saírem do distrito comercial de Bangcoc que mantêm fechado há um mês, mas os manifestantes prometeram permanecer onde estão.

"De agora em diante, o que o governo poderá fazer pode levar ao risco de choques e perdas, mas o governo sabe o que faz. O que precisa ser feito será feito", disse Abhisit Vejjajiva em discurso semanal na TV. Não ficou claro o que ele quis dizer com "perdas".

Mais tarde no domingo Abhisit promoveu uma reunião especial do gabinete para discutir maneiras de pôr fim ao impasse.

O porta-voz governamental Panitan Wattanayakorn disse mais tarde que Abhisit apresentou um plano para reduzir as tensões, que será explicitado na próxima semana. Enquanto isso, as autoridades vão continuar tentando convencer os manifestantes a partir.

"O governo vai enviar mensagens de texto aos manifestantes para lhes falar sobre a situação e espera que eles voltem para suas casas", disse Panitan a repórteres.

Mas os camisas vermelhas, partidários do premiê deposto Thakshin Shinawatra que reivindicam a realização de eleições antecipadas, disseram que vão continuar onde estão, embora tenham concordado em recuar uma barreira cerca de 200 metros para possibilitar o acesso de carros a um grande hospital.

Indagado por repórteres se Abhisit aceitou essa posição, Nattawut Saikua, um dos líderes do protesto, respondeu: "Isso é problema de Abhisit. Se ele quiser fazer alguma coisa, estaremos preparados para isso."

Em meio a especulações de que a lei marcial pode ser imposta para expulsar os manifestantes, que obrigaram hotéis de luxo e shopping centers luxuosos a fechar suas portas, Abhisit pareceu excluir essa possibilidade, dizendo que "esse instrumento não é necessário".

A lei marcial daria aos militares mais liberdade para pôr fim aos protestos - por exemplo, permitindo a detenção de pessoas sem ordem judicial pelo prazo de sete dias. Contudo, sob o estado de emergência decretado na capital em 7 de abril, as forças de segurança já têm poderes amplos.

Alguns dos comandantes do Exército, incluindo o comandante em chefe Anupong Paochinda, relutam em recorrer à força devido ao derramamento de sangue que seria inevitável. Dezenas de milhares de manifestantes se reúnem no distrito comercial ocupado em algumas noites, entre eles mulheres e crianças.

Anupong pediu uma solução política ao dilema, mas as esperanças de acordo diminuíram quando Abhisit, que nasceu na Grã-Bretanha, rejeitou uma proposta dos camisas vermelhas de realização de eleições em três meses, dizendo que não negociará sob ameaça.

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