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Os parceiros de coalizão do primeiro-ministro tcheco, Petr Necas, disseram que estão avaliando neste sábado (15) se permanecerão no governo, depois de um tribunal ordenar a detenção de uma assessora do premiê por corrupção.

Uma corte na cidade de Ostrava decidiu que Jana Nagyova, que chefia o gabinete de Necas há cinco anos, deve permanecer presa. Promotores alegam que ela subornou políticos e ordenou ilegalmente que agentes da inteligência fizessem operações de vigilância.

Depois da decisão da Justiça, uma autoridade do TOP09, o maior dos dois partidos que estão na coalizão com Necas, afirmou que os líderes do partido se encontrariam na noite deste sábado para decidir se ficarão ou não na coalizão.

Karolina Peake, líder da outra legenda da coalizão, o pequeno partido liberal chamado de LIDEM, disse à Reuters: "A situação está se tornando mais séria a cada hora".

O partido Civil Democrata de Necas sozinho não tem assentos suficientes no Parlamento para manter o poder. Portanto, se os aliados menores saírem da coalizão, ele terá de deixar o poder. Isso provocaria uma nova eleição, ou o presidente, Milos Zeman, poderia tentar escolher um novo primeiro-ministro para formar um gabinete.

O governo está sofrendo pressão desde quando promotores acusaram formalmente Nagyova e outras sete pessoas na maior operação contra corrupção em duas décadas.

A partir da meia-noite de quarta-feira, cerca de 400 agentes averiguaram 31 locais, incluindo caixas de depósito em cofres de bancos, e apreenderam pelo menos 6 milhões de dólares em dinheiro e dez quilos de ouro. Promotores afirmaram que mais acusações podem ocorrer, mas não deram detalhes.

O tribunal em Ostrava não expôs o teor das acusações, mas ao deixar Nagyova na cadeia mostrou que, pelo menos, os promotores possuem uma acusação consistente.

Nagyova é fundamental para a sobrevivência política do premiê, mesmo sem acusações recaindo diretamente sobre ele. Os dois são conhecidos por trabalhar lado a lado durante anos.

Em um discurso aos parlamentares na sexta-feira, o primeiro-ministro descartou as acusações e afirmou que ficaria no cargo. Ele alegou não ter feito nada de errado.

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