O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que Turquia e Estados Unidos podem executar uma operação militar conjunta contra os abrigos dos separatistas curdos no norte do Iraque.
"A secretária de Estado americana (Condoleezza) Rice me ligou. Percebi que estava intranqüila. Vi que ela queria fazer uma operação conjunta contra os rebeldes", disse Erdogan a um grupo de jornalistas no avião que o levou na segunda-feira à noite a Londres. A declaração foi publicada pelo jornal "Hurriyet"
"Podemos executar uma operação conjunta contra o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) no norte do Iraque", acrescentou o premier turco.
Pelo menos 12 soldados turcos morreram no domingo em um ataque atribuído ao PKK no sudeste da Turquia, perto da fronteira com o Iraque.
O PKK combate o poder central turco desde 1984 e conta com bases de refúgio no Curdistão iraquiano, a região autônoma curda no norte do país vizinho.
Os Estados Unidos estão preocupados porque uma ação turca no norte do Iraque - que já recebeu autorização do Parlamento de Ancara - pode desequilibrar uma das poucas regiões deste país considerada relativamente tranqüila.
Ministro turco em Bagdá
O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ali Babacan, chegou hoje a Bagdá para discutir com as autoridades iraquianas a crise provocada pelo Parlamento turco, que autorizou uma incursão militar no Curdistão iraquiano para combater os rebeldes do PKK no último dia 17.
O ministro turco chegou ao Iraque horas depois de os guerrilheiros do PKK no norte do Iraque anunciarem um cessar-fogo unilateral. A trégua, afirmaram os rebeldes na noite de segunda-feira (22), se manterá enquanto seus combatentes não forem atacados pelo Exército turco.
O presidente iraquiano, Jalal Talabani, insistiu na importância de "empregar os esforços necessários para conter a situação e resolver as diferenças entre a Turquia e os rebeldes do PKK", segundo informou hoje um comunicado do escritório presidencial.
Talabani deu as declarações durante uma reunião com o embaixador americano no Iraque, Ryan Crocker, em Bagdá.
O presidente iraquiano defendeu "o diálogo e a solução pacífica para a crise, para promover as relações entre Turquia e Iraque".
-
Censura clandestina praticada pelo TSE, se confirmada, é motivo para impeachment
-
“Ações censórias e abusivas da Suprema Corte devem chegar ao conhecimento da sociedade”, defendem especialistas
-
Elon Musk diz que Alexandre de Moraes interferiu nas eleições; acompanhe o Sem Rodeios
-
“Para Lula, indígena só serve se estiver segregado e isolado”, dispara deputada Silvia Waiãpi