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Em tom ameaçador, o primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nouri al Maliki, pediu ontem às autoridades curdas, que abrigam o vice-presidente do país, o sunita Tareq Hashemi, que o entreguem para julgamento.

"Se eles [os líderes curdos] não nos entregarem Hasehemi ou deixá-lo fugir ou escapar, eles terão problemas’’, afirmou o premiê.

Um porta-voz das autoridades curdas, que vivem numa região autônoma no norte do Iraque, descartou entregar Hashemi ao governo central de Bagdá.

Hashemi é acusado de dirigir esquadrões da morte cujos alvos seriam funcionários do governo.

O vice-presidente afirma que as acusações são fabricadas por Maliki e teriam motivações políticas.

Ele acusa o primeiro-ministro de concentração de poder e de dificultar a reconciliação entre sunitas e xiitas.

Segundo o jornal The Washington Post, Maliki ainda ameaçou liberar informações que incriminariam ou­­tros membros do governo.

O primeiro-ministro afirmou que a Constituição dava a ele autoridade e amplos poderes para governar o Iraque como bem entendesse. Ele também ameaçou a aliança Iraqiya, da qual Hashemi faz parte, e que integra o governo de coalizão.

Maliki disse que os ministros da Iraqiya que não participarem das sessões do gabinete serão substituídos.

A Iraqiya recusou os convites de Maliki ao diálogo e disse que o primeiro-ministro re­­presenta "a razão principal da crise’’ e que não seria um elemento positivo na solução do impasse.

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