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As primeiras eleições iraquianas sem a presença de tropas norte-americanas no país acabaram nesta quarta-feira (30) com ao menos 12 mortos e com o anúncio de vitória do atual primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, alçado inicialmente ao poder em 2006, durante a ocupação norte-americana.

O pleito for marcado por um forte esquema de segurança, com restrições no espaço aéreo e pontos de checagem policial por todo o país. A eleição deixou a cidade de Bagdá ainda mais militarizada do que o de costume. Desde janeiro, 3 mil pessoas morreram devido à violência sectária.

O país enfrenta dificuldades econômicas e de segurança interna desde a invasão norte-americana em 2003. A retirada das tropas dos EUA após 2011 deixou o Iraque ainda mais fragilizado diante de disputas sectárias, especialmente de sunitas que se opõem ao governo xiita de Maliki.

O pleito é visto como um referendo para Maliki e o baixo comparecimento dos sunitas às urnas favorece sua chegada ao terceiro mandato. A votação começou às 7h e terminou às 18h, hora local.

Mais de 9 mil candidatos disputam 328 cadeiras do Parlamento. Não há pesquisas confiáveis no país, mas o primeiro-ministro disse que apenas aguardava para saber o tamanho de sua vitória.

"Nossa vitória está confirmada, mas ainda estamos pensando em quão grande será", disse Maliki antes da divulgação de qualquer resultado eleitoral.

Na capital, Maliki foi um dos primeiros a votar em um hotel na chamada Zona Verde - área central da ocupação norte-americana. Ele pediu que os iraquianos se esforçassem para comparecer às urnas.

Das 12 mortes desta quarta-feira (30), oito foram resultado de homens-bomba em seções eleitorais em províncias do norte de Bagdá - com grande população sunita. Quatro soldados foram mortos por atiradores enquanto patrulhavam outra zona eleitoral.

A disputa de quatro meses entre sunitas do Estado Islâmico do Iraque e Levante e as tropas do governo marcou o pleito em Ramadi e Fallujah.

Em Ramadi, a eleição começou atrasada e franco-atiradores estavam posicionados sob o teto das zonas eleitorais.

O governo iraquiano reconheceu que só poderia realizar as eleições em 70% da província de Anbar, onde ficam essas cidades.

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