O contestado primeiro-ministro japonês Taro Aso enfrentou nesta quinta-feira (16) sinais de uma efervescente rebelião em seu gabinete. Ao mesmo tempo, os congressistas procuravam reunir o partido governista para decidir o destino de Aso antes das eleições gerais do mês que vem. Os dissidentes do Partido Liberal Democrático (PLD) apresentaram aos líderes da agremiação as assinaturas de 133 congressistas pedindo a convocação de uma reunião dos membros de ambas as Casas do Parlamento, segundo um dirigente do PLD.

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Entre as assinaturas estavam as de alguns dos integrantes do próprio gabinete de Aso - o ministro das Finanças, Kaoru Yosano, e o da Agricultura, Shigeru Ishiba - embora nenhum deles tenha afirmado publicamente que querem a renúncia do primeiro-ministro. "Eu disse francamente ao primeiro-ministro que o PLD será gravemente prejudicado (nas eleições gerais) se não viermos com medidas para interromper esta situação", disse Yosano, depois de se reunir com Aso na noite de ontem (hora local). O jornal de grande circulação "Yomiuri Shimbun", citando uma fonte anônima próxima a Yosano, disse que o ministro se reuniu com Aso para "pedir que ele renuncie voluntariamente".

O partido de Aso corre o risco de ser expulso do governo nessas eleições, depois de meio século de governo quase ininterrupto. A oposição capitaliza a indignação dos eleitores com as gafes do primeiro-ministro, com a condução da economia e com as mudanças nas políticas do governo. O premier de 68 anos, cujo partido sofreu uma derrota esmagadora numa eleição na cidade de Tóquio no último fim de semana, anunciou na segunda-feira que vai dissolver o Parlamento na semana que vem e convocar uma eleição nacional para 30 de agosto.

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