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O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, disse na sexta-feira aos iranianos que os palestinos jamais cederão à pressão para reconhecer Israel e continuarão lutando em parte graças ao apoio da República Islâmica.

Falando a fiéis durante as orações de sexta-feira em Teerã, aonde chegou na véspera para uma visita oficial de quatro dias, Haniyeh, dirigente do grupo islâmico Hamas, afirmou que a agressão militar israelense contra os palestinos aumentou desde que sua facção chegou ao poder, em março.

O Irã, a exemplo do Hamas, se recusa a reconhecer o Estado de Israel e já enviou, neste ano, cerca de 120 milhões de dólares para que a Autoridade Palestina consiga sobreviver às sanções ocidentais impostas contra o governo do Hamas.

- Nunca vamos reconhecer o ocupante das terras palestinas, e vamos continuar a resistência até que liberemos Jerusalém e permitamos que os palestinos desalojados voltem à sua pátria - disse Haniyeh.

- Eles acham que a nação palestina está sozinha nesta guerra, mas estão delirando -temos uma profundidade estratégica aqui na República Islâmica e em todo o mundo islâmico e árabe - acrescentou.

Os países ocidentais e o moderado presidente palestino, Mahmoud Abbas, pressionam o Hamas a reconhecer Israel, abandonar a violência e aceitar os acordos provisórios de paz. A recusa do Hamas em fazer isso é parte das razões para o fracasso nas negociações da formação de um novo governo palestino de união nacional, que poderia levar ao fim das sanções internacionais.

O apoio do Irã aos palestinos ficou mais explícito desde a posse do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em agosto de 2005. Esse ex-agente da Guarda Revolucionária disse em certa ocasião que Israel é um "tumor" que deve ser "apagado do mapa".

Ahmad Khatami, que liderava as preces de sexta-feira em Teerã, reiterou o apoio do Irã ao governo do Hamas e criticou as sanções ocidentais aos palestinos:

- Esses mentirosos, ao invés de apoiarem e aprovarem (o governo do Hamas), desembainharam suas espadas desde o começo contra um governo que foi apontado pelo voto do povo.

Haniyeh vai se reunir com Ahmadinejad e com o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, como parte da sua primeira visita oficial ao país.

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